segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quero ser como um pássaro... já fui!!!!

Voar...

Nunca tinha percebido muito bem a paixão por voar, por querer ser como as aves. Era engraçada para mim a história de Icaro, ou a paixão de Leonardo Da Vinci pelas maquinetas voadoras.
Agora já sei, já pecebi qual é a sensação e apaixonei-me absolutamente.

Saltei de paraquedas!!!!
Fiz um Tandem (isto é um salto com um monitor), saltei dos 12mil pés.
É uma experiência absolutamente indescrítivel. Vale a pena cada segundo, cada momento e cada euro dispendido.

Imaginem....

Um aviãozinho pequeno em que quadro pessoas vão encaixadas tipo lego. O avião balança a cada rajada, teima em descolar e lá vai. Circunda, ganhando altitude, o aerodromo, revelando uma paisagem de retalhos em tons de verde.

Doze mil pés!!!! Abre-se a porta!!! O monitor espreita para ver onde estamos.
MEU DEUS!!!!
Tudo é muito pequeno lá em baixo, e tudo está tudo muito pequeno lá em cima.
Saltam os companheiros de viagem com um sorriso nos lábios, prontos para mais uma experiência de pura adrenalina. Coloco-me na posição de saída do avião, braços cruzados ao peito e lá vai....... seja o que o divino quiser.

É o verdadeiro salto de fé.
Acreditar que o paraquedas abre, acreditar que a pessoa a quem vamos acopulado sabe o que está a fazer, entregar a nossa vida a outro, acreditar que somos capazes e que vamos tirar o melhor partido desta experiência,

Sair do avião e sentir a gravidade a puxar-nos a toda a velocidade para o chão. Uma pressão imensurável, um barrulho ensurdecedor. Pensar em tudo aquilo que nos foi ensinado, visto e revisto antes da partida.
Subitamente um puxão enorme para cima, o silêncio, a paz, a contemplação do que está à nossa volta.
O paraquedas abriu, fixe!!!
Não se pensa nisso, fica-se pura e simplesmente deslumbrado por tanta beleza, por todas as emoções inexplicáveis, porque nunca sentidas.
Mais de 5 minutos a planar, a brincar, aos circulos, às piruetas, e a pensar como o engenho do homem e a criação divina se encaixam na perfeição. Digo ao monitor: agora já sei o que é ser pássaro!!!

Voar..... uma sensação de liberdade extraordinária!!!

Aterrar!!!!

E a incapacidade de contar o que se viveu. É preciso tempo para digerir tanta sensação, tanta emoção, tanta informação! E gerir toda a adrenalina.

Saltar é uma expriência única, inanarrável. Sem palavras, dificil de descrever. É algo que todos deviamos fazer, pelo menos uma vez na vida. É absolutamente fenomenal, fantástica, digna de todos os superlativos. É um teste supremo ao medo, ao controlo das emoções, à racionalidade e ao instinto de sobrevivência. É deixar-nos embalar, pegar ao colo pela natureza, fluir com as energias do universo.

Greathings
From the Air

NSAS

terça-feira, 9 de junho de 2009

Eleições...!!! Enfim!!!!

Eleições!
Comentários e tanto tempo gasto com conversas, debates, mesas redondas.
Expressões, divagações, tentativas de advinhação do porquê votaram os portugueses e as portuguesas em determinados partidos e não noutros. E muitos, muitos, muitos..., mesmo muitos peritos!!!

Vamos lá ver se nos entendemos:

1 - quem ganhou de facto as eleições foi a abstenção;
2 - não foi o PSD que ganhou as eleições, foi a PS que as perdeu;
3 - o PCP e PP não cresceram em número de votos;
4 - estes resultados valem o que valem, não permitem conjecturas nem futurologia;
5 - eram as eleições europeias, não uma avaliação ao governo, isso será na legislativas;
6 - seria interessante ver e medir a progressão dos movimentos independentes.


O porquê das coisas:

- os portugueses e as portuguesas estão fartos dos discrusos maldizentes, semelhantes e pobres da elite politica. Se o tema é chato, precisamos de alguém que nos inspire e de ideologias. Desafio mesmo os partidos politicos a mudarem de posturas e em vez de dizer mal do vizinho, enveredarem por discursos positivos e proactivos.

- os portugueses e portuguesas não votam em partidos - as ideologias antigas já foram às urtigas- votam em pessoas com aspecto interessante. O candidato do PS era o pior candidato e o menos interessante, daí que os resultados tenham sido desatrosos. Nuno Melo bem mais interessante, mas vem de bónus Paulo Portas e aí não há paciência.

- os portugueses e as portuguesas que continuam a votar no PCP estão a morrer, são residuais. E os que não são andam distraídos, esta coisa do comunismo está historicamente provada que não funciona. Nem Marx acreditou nela.

- os portugueses e portuguesas precisam de partidos novos. Estes estão demasiado burocráticos, com máquinas pesadas, que não permitem a livre circulação de ideias. Precisam de originalidade, de ideias, de gente interessante e que, de preferência, não esteja embrenhado na máquina politica e que combatam a mediocridade.

- os portugueses e portuguesas estão fartos da comunicação social. São pouco isentos, pouco claros, tendenciosos, manipuladores e manipuláveis.

- os portugeses e as portuguesas não ouviram falar em contribuições para a politica europeia nem ideias. Ouviram falar mal.... nem sei muito bem de quem ou do quê!

- os portugueses e portuguesas não vão votar porque não acreditam e acham que não vale a pena o esforço. Está tudo deprimido de tanto ouvir falar de crise.

Aqui estou eu com mais palavras e raciocínios sobre a coisa politica.

Poupem os portuguesas e os portugueses. Não somos imbecis, pensamos e não temos paciência para comentários e comentadores que são pagos principescamente.

Alguém disse:
'não aceito lições de quem sabe, só aceito lições de quem faz melhor'.

Greatings

NSAS

terça-feira, 26 de maio de 2009

Os 'ismos' do EGO

"Egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar os seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona."

"Egocentrismo caracteriza-se pelo sonho de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e factos. Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os factos se moldem aos seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e então aprender".

É giro como se encontram as definições mais interessantes na wikipédia.

Há muito que reflicto neste equilibrio necessário entre o EGO, não na definição psicanalitica de Freud, ou na versão de Jung, e o ALTER, aqui representando o outro. Como é que mantém o equilibrio entre o 'eu' e o 'tu'?

Não um alterego no sentido da outra face da personalidade, ou identidade. Estou a tentar perceber onde começa o egoismo e onde começa o altruismo. Não estou aqui a pensar nas pessoas abnegadas da sua condição de SI, ou da negação da existência enquanto identidade ou indivíduo. Estou a pensar na prática de gestos quotidianos pelo outro.

Somos seres eminentemente sociais. Vivemos em comunidade e dependemos todos uns dos outros. Fazemos parte de uma rede maior, de um sistema de funções, de papéis sociais, de um tecido que nos liga uns aos outros. Nesta sociedade complexa, precisamos necessariamente do outro, mas vivemos cada vez mais virados para dentro.

Este aparente paradoxo, é reforçado, na minha opinião, por todos os mecanismos tecnológicos que nos dão a aparente sensação de indepedência. Podemos viver, qual eremita, fechados em casa. Podemos trabalhar em casa, fazer compras pela net, encontrar 'amigos' nas páginas sociais, produzir a sensação da integração social no twitter, conversar nos chat, msn ou spkype, divertirmo-nos em guerras e jogos em rede na playstation e praticar até sexo virtual.

Desta forma mantemos intacta a nossa bolha social, aumentamos o espaço e vivemos absolutamente de acordo com os nossos critérios. Como é que se chama a este tipo de comportamento? É-se egoista? É-se egocentrista? É-se auto-centrado?

Não sei.

Acho que a vida é feita de equilibrios precários produzidos quotidianamente. Os nossos equilibrios são construídos pela relação com o outro, na minha opinião em presença. A relação, a afectividade, o toque ajudam-nos a edificar realidades saudáveis e mais felizes.

Tenho a certeza que tenho momentos egoístas, provavelmente muitos. Tenho a certeza também que plantar disponibilidade, afectos, cuidados com o outro são o investimento de maior retorno e o garante da saúde mental.

Lembro-me sempre da velha máxima 'quem não planta não colhe'!
E o preço é ficar sózinho.

Greatings
NSAS

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Estes neurotransmissores...... bolas!!!

Andei a fazer umas pesquisas ligeiras sobre os estados depressivos ligados a mal de amores e descobri que a culpa é dos neurotransmissores.

Estão a ver os neurónios, aquelas coisas que nos permitem executar imensas funções: pensar, caminhar, fazer coisas, ficar felizes ou sentirmo-nos absolutamente miseráveis. Para que eles funcionem é necessário que se realizem as sinapses, isto é as ligações entre os neurónios, que por sua vez para acontecerem precisam da libertação de substâncias quimicas chamadas de neurotransmissores.

Os neurotransmissores permitem que se ultrapasse a Fenda Sináptica, o que, mais ou menos,faz com que os neurónios funcionem. Aqui está uma das explicações para a estupidez: fendas gigantes, inultrapassáveis pelos neurotransmissores.

Fui procurar os neurotransmissores associados ao amor e à sua manifestação e descobri os seguintes:

- Acetilcolina: responsável, entre outras coisas, pelo tônus muscular, aprendizagem e pelas emoções, a performance sexual controlando o fluxo sanguíneo e ritmo cardiaco durante o acto sexual;

- Endorfina: actua como calmante natural, alivia a sensação de dor. Quando associada com a dopamina pode substituir a sensação de dor pela sensação de prazer. É responsável pelo sentimento de eurofia e êxtase.

- Dopamina: é capaz de acalmar a dor, quando associada com a endorfina e aumentar o prazer.

- Serotonina: responsável na excitação dos órgãos e contrição dos vasos sanguíneos. Eficaz na luta contra a depressão.

Ora bem. O acto sexual é responsável pela libertação da endorfina (correr também, mas quem quiser que corra), que, como já disse, afecta os mecanismos cerebrais que controlam o humor, as sensações de prazer, o optimismo, o ânimo, a ansiedade, a insónia e o envelhecimento. Só vantagens.
A endorfina é por isso chamada do neurotransmissor da felicidade. Pode ser também encontrada no chocolate, e é por isso que quando sofremos de mal de amores nos apetece chocolate.

É um facto que o nosso sistema imunitário está ligado ao nosso sistema emocional, por isso se estamos deprimidos é muito provável que fiquemos também doentes.

Por isso sugiro para evitar gripes, constipações e outras complicações: pratiquem sexo, façam exercício, comam chocolate e apaixonem-se. Podem também procurar na net os alimentos ricos nestas substâncias, ou então quais os suplementos alimentares a tomar e fazem um coktail, uma saladita, ou qualquer coisa assim do género.

Se isto não funcionar resta sempre o velho amigo alcool, afogar as mágoas, micróbios e outras bactérias.
Animem-se é fácil!!! Carradas, paletes, resmas de chocolate preto de preferência!!!

Greatings
NSAS

terça-feira, 5 de maio de 2009

Perspectivas...

É engraçada a forma como construímos a realidade. Exactamente, é isso mesmo! Construímos a realidade.

Aquilo que vemos, sentimos, ouvimos, percebemos, assimilamos, ou até mesmo sobre o que criamos conhecimento, depende da forma, do ângulo, do óculo sob o qual aprendemos o fenómeno. Se não vejamos.

A ciência está em constante evolução, na tentiva da descoberta da verdade sobre um determinado fenómeno. Um dia uma determinada coisa faz mal à saúde, no outro dia já é óptimo. Isto porque a produção de conhecimento está constantemente a processar-se e por outro porque depende da teoria (perspectiva) que enforma a investigação.

Nas ciências sociais e humanas as perspectivas, teorias (não interessa a designação) são de importãncia suprema na produção de conhecimento. Vejamos a condição de normalidade. Primeiro vamos definir o conceito de 'normal'.
Normal é algo que é exibido na generalidade da população (podem ser comportamentos, atitudes, hábitos, etc). Note-se que eu usei a palavra algo, um fenómeno diriam os ciêntistas sociais e os restantes. Estou a tentar afastar-me das perspectivas cientificas e focar-me no dia-à-dia.

Um exemplo: nos tempos dos nossos pais a normalidade no ritual do namoro, era o dia fixo, as saídas acompanhadas, o namoro por carta, à janela e ao portão. Hoje em dia a normalidade do ritual do namoro passa pelo msn, pelo sms, passa necessariamente pela tecnologia. E isso é tido como normal. Mas onde fica a pessoalidade do toque. a leitura do olhar, do comportamento não verbal e das coisas que são ditas em susurro?
Ups.... há os smiles e todos os símbolos que tentam expressar emoções.

Como este exemplo existem muitos outros, que indiciam a mudança social e a transformação dos fenómenos. Em sociologia fala-se em fenómeno social total, para basicamente se dizer que os fenómenos são de tal ordem complexos, que a sua apreensão, compreensão e explicação precisa de várias metodologias e ciências. No fundo perspectivas.

Vamos à nossa vida comum, e deixemo-nos de cientismos.
Conhecem muito provavelmente o exemplo do copo meio cheio e do copo meio vazio. É a diferença de perpectivas vista pelo óculo do optimista e pelo óculo do pessimista. É bem melhor ser optimista, têm na generalidade dos casos bem mais sucesso na sua trajectória de vida, pois são bem mais resistentes à frustração.

O que é certo é que vemos a realidade e os outros tendo por base uma lente que somos nós próprios. Lemos a realidade tendo por base as nossas experiências, a forma como crescemos, fomos educados, do nosso grupo social de origem, do nosso estado de espírito e de humor, e sobretudos dos nossos objectivos.
Lemos a realidade tendo por base também o conhecimento que temos sobre ela. Podemos de facto estar certos ou podemos estar absolutamente desviados, tal qual um piloto numa caravana no deserto.

Como é que garantimos que a nossa perspectiva, noção da realidade está o mais próxima possível da verdade?

Questionando, perguntando, tendo sempre em consideração a perspectiva do outro. É que a realidade é constrída por comparação pela negação. Eu sei que sou magro porque não sou gordo. Eu concordo porque não discordo.

Outro truque é nunca tomar nada como garantido, questionar sempre e querer saber o exacto porquê das coisas. Podemos também fazer uso do pensamento criativo e tentar pensar em, pelo menos, mais duas perspectivas diferentes. Primeiro uma oposta aquela que nos pareça óbvia e depois uma alternativa.

Eventualmente poderemos criar percepções da realidade mais aproximadas da do outro. Bem, também não há problema em ser completamente diferente, mas depois aguentem-se à exposição ao grupo, argumentem e convençam. Vai haver sempre alguém que discorda, vai haver sempre alguém que acha absurdo, vai haver sempre alguém cético, vai haver sempre alguém critico, mas também vai haver alguém que concorda. A isto se chama diversidade e pensamento livre.

Estratégias, perspectivas, jogos de raciocínio. O que é certo é que somos animais completa e absolutamente sociais. Não fomos concebidos para viver os sozinhos e por isso precisamos inevitavelmente do outro. Precisamos necessariamente de relativizar perspectivas e de saber ouvir (estou a falar de escuta activa, de de facto ouvir) sem o ruído dos nossos egos.

Aturem-se diz o pessimista, divirtam-se assume o optimista.

Eu vou pelo divirtam-se.

Greatings
NSAS

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Abraço

Um abraço....

Um abraço é uma árvore de ramos abertos, com a suavidade do balançar das folhas ao vento.
Um abraço é uma onda de energia positiva, banhado pelo sol.
Um abraço é um cobertor de afecto, produzido nas teias do amor, da amizade e do carinho.
Um abraço é o aconchego de uma cama acabada de fazer, e a disponibilidade de uma almofada.

Um abraço é um Xi de coração aberto.

Greatings
NSAS

domingo, 19 de abril de 2009

Graus de Infidelidade

Ando há bastante tempo a pensar neste tema da infidelidade. O meu maior problema é definir os limites da infidelidade.

Nesta minha tentativa de reflexão sobre este assunto, primeiro tenho mesmo que clarificar alguns aspectos sobre o que eu penso e sinto:

1 - Acredito que é sempre melhor a verdade;
2 - Acredito que estar envolvido numa situação de infedilidade é muito fácil, na maioria das vezes não é planeada e é quase sempre uma situação complicada;
3 - Alguém sai sempre muito magoado;
4 - Acredito na velha máxima 'nunca digas nunca'.
5 - Acredito que temos um compromisso supremo connosco: ser felizes, gostarmos de nós.

Todos nós já fomos infieis, num ou noutro momento. Não é preciso levar ao extremo de pensar noutras pessoas, ou brincar quando 'um regalo para os olhinhos' passa, e considerar isso infidelidade. Estou a pensar naquelas situações em que alguém novo aparece, e nos faz ter outras perspectivas sobre o relacionamento que temos, em que damos por nós a pensar nessa pessoa e de como seria tê-la, sem que nada fisico aconteça, sem que haja uma conversa, ou a confirmação da outra parte, sem qualquer envolvimento. Uma coisa completa e absolutamente platónica.

Será isto infidelidade?

Será que a infidelidade é definida pelo grau de envolvimento fisico? É-se mais ou menos infiel se o que aconteceu foram uns beijos, umas carícias exporádicas, ou se aconteceu o total envolvimento físico? É-se mais ou menos infiel se se está completamente envolvido emocionalmente e nada conteceu ao nível físico?

Não sei muito bem definir onde começa e onde acaba a infidelidade. Considero que tem sobretudo critérios individuais. Cada um tem um manancial de indicadores, de parâmetros, de valores que atribui a cada situação que vive. Ninguém sabe o que fará se for traído. Tudo depende da pessoa, do grau de envolvimento, do investimento afectivo, das circunstâncias e dos cenários que se projectam.

Não sei definir os parâmetros da infidelidade, mas sei o que é verdade.

Greatings
NSAS