quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Natal significa: que tem sentido de nascer.

Depois das correrias das compras, da loucura de enfeites de Natal e dos jantares (ainda me falta um), aqui estou eu a desejar que todos tenham um muito feliz Natal, mesmo aqueles que não sejam cristãos e não acreditem na vinda do messias. Até esses têm Natal, pois pelo menos gozam dos feriados do calendário religioso (isto para aqueles que têm liberdade religiosa e vivem nos países ocidentais).

No meio de tanta correria, e numa altura em que nos lembramos mais dos outros (pelo menos uma vez) espero que já tenham feito a vossa boa acção. Eu já a fiz. Não se traduziu em dinheiro, traduziu-se apenas em disponibilidade para o outro e para a visão do outro sobre o que é ser humano.

Entre pais natal, árvores, presépios e meninos, é bom lembrarmo-nos do espaço para reflectirmos sobre as nossas acções, comportamentos, condutas, da nossa disponibilidade para os outros e dos nossos projectos. Não há presentes para quem se porta mal!!!!!

Este período é para mim um momento de balanço sobre as minhas conquistas e sobre os projectos que quero realizar. É um período de definição de novas etapas, que se traduzem em listas de 'to do' e de 'não voltar a fazer'!

Aproveito cada compra de cada presente para transferir um pouco da energia dos afectos. De outra forma tornar-se-iam objectos amorfos e vazios de sentido. Comprar para mim é acima de tudo pôr-me na pele da outra pessoa e pensar nela, e por isso é um exercício dificil.

Faço votos, que pelo menos nesta altura do ano, todos falem a linguagem do amor, afinal foi por isso que Ele nasceu. (Re)nasçam, transformem-se, aperfeiçoem-se tornem-se melhores. Eu tento fazê-lo!!!

Tenham o vosso Natal.

Best wishes
NSAS

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mau feitio....

Ontem ouvi uma coisa extraordinária. Miguel Sousa Tavares a citar Paulo Coelho numa frase fantástica, isto no programa do Canal 2 intitulado '5 para a Meia Noite' que começa às 24:10h.

A frase é semelhante a esta: 'o mundo está cheio de pessoas simpáticas com mau carácter e tem falta de pessoas com mau feitio e bom caracter'.

Esta afirmação pôs-me de facto a pensar. Imediatamente me lembrei das teorias da inteligência emocional e de várias peripécias da minha experiência pessoal. Ainda hoje tive um ataque de 'mau feitio'

Iniciei este meu processo de reflexão sobre o conceito de 'mau feitio' pela sua definição.
Considero 'mau feitio' reacções relativas a um determinado acontecimento ou comportamento de outrém, cujos demais intervinientes considerem ofensivas.

A definição, por mim criada, é omissa quanto aos motivos que causam a reacção e quanto à forma de avaliação. Sim, pois o que para uns é mau feitio, outros podem ver assertividade e transparência, muito próximo daquilo que toda gente pensa mas que a diplomacia social impede que seja convertido em palavras. Pode ser também confundido frequentemente com falta de educação, o que nada tem a ver com mau feitio.
Ora, como todos sabemos a diplomacia social resume-se a várias estratégias para evitar conflitos abertos, o que muitas vezes implica pouca transparência, pois gestão da informação é confundida com falta de verdade. É também uma estratégia de ajustamento pessoal, pois todos nós tendemos para o equilibrio emocional e para situações estáveis.

Mas o que pode causar um ataque de 'mau feitio' a alguém com bom caracter?

Tomei a liberdade de inventariar algumas das coisas que na minha opinião estão na origem das tais reacções pouco cordiais:
- Injustiça;
- Falta de verdade;
- Incompetência;
- Falta de responsabilidade;
- Deslealdade;,
- Desrespeito pelo outro;
- Desonestidade;
- Oportunismo;
- Violência;
- Falta de solidariedade;

Obviamente, que há muito mais, e que tudo isto posto em contexto e em situação, se desmultiplica numa imensidão de situações incalculáveis. Esta lista indica um conjunto de valores pelos quais alguém se rege na gestão do seu comportamento diário, e que condiciona a forma como se relaciona com os outros. Vamos imaginar uma situação, até bastante comum, de alguém que é prejudicado, sofreu uma injustiça e reclama. O puro acto de reclamar tem em si só uma conotação negativa. Aqui na 'tugolândia' reclamar de qualquer coisa é ainda mal visto, e a maior parte das pessoas pensa que não vale a pena. Quem nunca disse a alguém 'ainda te prejudicas' quando a pessoa tem toda a razão e foi injustiçada. Pois, todos nós já o fizemos. No fundo quem reclama tem 'mau feitio', pois na maioria das vezes chateia-se, mas é acima de tudo um corajoso.

Quantos de nós já não mudou de opinião, só para não se chatear???

Estes são alguns exemplos do que alguém com bom feitio e provavelmente um caracter de tipo duvidoso pode fazer. Pior do que as más pessoas são aquelas cujas reacções são dificeis de calcular, e com as quais não sabemos com o que contar.

Alguém teimoso ou persistente pode ser facilmente confundido com alguém com mau feitio. Voltemos de novo ao exemplo da opinião. Quantos não terão já sido condenados á morte nos tribunais americanos, porque alguém que tinha uma opinião, ou percepção diferente mudou a sua pois vencido pelo cansaço e pela pressão de outros num juri. Quantas vezes a teimosia de alguém mudou a história.
Tudo depende da avaliação dos outros relativamente ao acontecimento.

Vejamos Cristo. Eu considero que era alguém c0m mau feitio. Expulsou os vendilhões do templo, desafiou os ansiãos judeus, desafiou o império romano, defendeu uma prostituta, teimava na disseminação da igualdade, contra um status quo.Tudo porque acreditava profundamente na mensagem que passava. Era um líder carismático, forte, assertivo, transparente e verdadeiro. Nem todos gostavam Dele, era incomodo, mas lembrado pela sua mensagem de amor e de verdade.
É verdade que posso facilmente lembrar de outros lideres temidos não pelo mau feitio mas pela violência que exerciam -Hitler, Mussolini entre outros. Todavia, evidenciaram capacidades para atingir objectivos e realizações, embora fundamentadas em pressupostos pouco positivos.

Não estou aqui a defender o mau feitio pelo mau feitio, estou a analisar o mau feitio associado ao bom caracter.

Alguém com mau feitio e bom caracter é alguém com quem é muito fácil relacionar-se, pois é perfeitamente claro o que vai poder despoletar um ataque de mau feitio. Assim, quem tiver sido o alvo da reacção é totalmente responsável, pois para além de ter feito alguma coisa menos correcta, não foi capaz de gerir os efeitos secundários da sua acção. Se todos pensassemos que cada acção resulta numa reacção, seria bem mais fácil a gestão das nossas interacções diárias. E mesmo quando acontece algum momento de conflito a pessoa alvo não se sente tão mal, porque o outro é tido como alguém correcto, mas possivelmente exigente, acima de tudo com ele próprio, uma vez que se rege por padrões elevados. Alguém exigente com ele próprio é alguém que faz crescer os outros, não só pelo exemplo que pode ser como pelo facto de muitas vezes requisitar um tipo semelhante de acção.

Quanto à avaliar quanto à petinência da reacção ou da justiça da mesma, pensem que quem tem bom caracter agiu de acordo com parametros e valores socialmente considerados importantes e valorizados, assim pouco questionáveis.

Quando se tem 'mau feitio' é-se mais vezes recordado do que alguém simpatico. Simpático é basicamente dizer nada de alguém. Normalmente os 'mau feitio' são pessoas que marcam pela sua diferença e pela sua postura. Para mim alguém com mau feitio:
-é persistente, verdadeiro consigo, capaz de se por no lugar do outro, é objectivo na análise das situações e tem uma visão em 360º;
- é profundamente auto-critico, voluntarioso, disponível, sabe o quer e para onde quer ir. É claro e transparente, é confiável e fiável, competente e profissional, fica feliz com os sucessos dos outros
- é reflexivo, capaz de integrar os seus erros e gerir as suas culpas;
- sabe ouvir, gerir as várias informações que obtém, e avaliar;
- sabe tomar partido e não tem medo de o fazer;
- não tem medo do conflito. Chateia.se e pronto.

Só alguém com estas características é que pode ter o estofo e a segurança de poder reagir, pois validado pela sua própria capacidade de critica e exemplo, e não pelo puro uso do poder.

Desejo-vos um 'mau feitio'.

NSAS

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Obrigada William Borges.....

É mesmo engraçado e gira esta comunidade global, unida pela língua portuguesa.
William Borges deixou este poema como comentário a um dos meus post....
Decidi publicá-lo e partilhá-lo com todos aqqueles que lêem este blog. Espero que não se importe o autor.


Que na sua vida...
Tudo tenha a beleza das flores,
Que não falte a luz do luar,
Que os amigos sejam todos sinceros,
Que o mar nunca se agite,
mas se agitar
que o barco nunca afunde.
Que os beija-flores visitem todos os dias o seu jardim,
Que os passarinhos cantem em sua janela,
Que os sorrisos se multipliquem em sua face.
Que a inspiração renasçaa cada manhã.
Que teus sonhos sejam realizados,
Que seus dias de semana, sejam como o domingo.
Que o mal não chegue a porta da casa.
Que a tua dispensa esteja sempre abarrotada.
Que teus olhos só contemplem bondade,
Que cada passo teu seja iluminado por Deus.
Que todas as manhãs te recebam com um sorriso.

É O QUE EU DESEJO..........................

Inverno de 2009
10 de Novembro de 2009 23:57

Muito obrigada é apenas o que eu posso dizer.

NSAS

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Told you so....

É engraçado como tentamos ter razão. Discutimos, teimamos, tentamos que os nossos interlocutores vejam a nossa perspectiva sob vários prismas, chegamos mesmo a ter conflitos abertos. Tudo isto pelo simples motivo de 'ter razão'.

Eu não gosto de ter razão, mais não quero mesmo tê-la. Normalmente não acreditam em mim quando o digo, mas é de facto verdade.

Quando se tem razão aprendeu-se pouco, já se sabia o resultado final, ou a matéria sobre o qual a disputa se fazia.
Quando se tem razão, é provável que se tenha de chamar a atenção a alguém, o que eu de facto não gosto de fazer.
Quando se tem razão, perdeu-se muitas vezes tempo. Pois as outras partes envolvidas tiveram que fazer um determinado percurso para chegar à conclusão de que de tinhamos de facto razão. E isto implica espera.
Ter razão é muitas vezes um exercício do ego. É aconchegar a certeza dos racicínios e das seguranças.
Quando se tem razão é por o outro numa posição de submissão e de dependência, é dizer 'eu avisei-te' e agora vens ter comigo para ajuda. É o exercício do poder.

E ter razão às vezes significa distanciarmo-nos de alguém, e pode significar que nos magoamos.

Mesmo que eu tenha razão não gosto, não digo 'told you so'... Não vale a pena, não é nobre fazê-lo!

É triste como tenho tantas vezes razão...
É triste que o tenha de dizer a algumas pessoas...
Mas nunca o vou fazer com outras... se forem atentos já o devem ter percebido.

Told you so...
NSAS

sábado, 10 de outubro de 2009

A história.......

Fiz um desafio a alguém....

A ideia era escrever uma história partilhada, em cada um escrevia partes dela.

Não aconteceu, não funcionou! Mantendo a ideia de construir uma história com contributos para além do meu fica aqui o inicio.

Convido a que façam sugestões para a continuar. Serão muito benvindas.



História


Decidi escrever…

Escrever uma história, Nem ficcionada, nem real. Uma história como tantas outras baseadas em experiências e vivências de caminhos percorridos pela sequência dos anos e dos acontecimentos, na qual os personagens aparecem ao sabor da associação das ideias e do dedilhar no teclado do computador, tal pianista percorre as teclas brancas e pretas de um piano ao executar uma sinfonia.

Será de amor, de dor, de paixões, de traições, de relações, de partilhas, de trabalho ou de outras histórias ouvidas? Não sei! Saberão as últimas páginas do que agora inicio.
Seria fácil começar por contar tanto do que já ouvi, mas sinto que trairia em quem em mim confiou. Poderia mudar-lhes os nomes, os locais e outros detalhes, mas se o lessem é provável que se identificassem. Continuo, portanto, sem saber sobre o que será a minha história.

De certo envolve pessoas, coisas e lugares. Não há histórias em sujeitos. São o cerne de todas e de qualquer coisa. Sei apenas, que gosto verdadeiramente de pessoas, dos seus mistérios, das suas manias, dos seus hábitos, das razões pelas quais agem e tomam. Interessam-me o que dizem e mais ainda o que não dizem. Interessam-me quem são e quem gostariam de ser, ou de ter sido.

Fascinam-me as lutas, as vontades, os desejos e a resistência às dificuldades e como ultrapassam os medos. Apaixono-me por ambições e objectivos, por planos e expectativas. Gosto de observar como se movem, caminham, e como tudo isso nos dá pistas sobre quem são, de onde vêm e para onde gostariam de ir. Adoro sobretudo as crianças, não pela sua inocência, mas porque está quase tudo por escrever nas suas pequenas vidas.


Thanks
NSAD

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OOhhhhhhh semaninha

Estou plenamente consciente que a semana ainda não acabou, mas os dias de segunda a quinta foram de tal ordem recheados de peripécias que têm equivalência a semanas inteirinhas de vivências.
Não vou entrar em detalhes sobre os acontecimentos, mas antes sobre algumas das coisas constatei..

Ora aqui vai o que eu percebi:

1- Lealdade e verdade são valores em crise. Em crise porque são poucos os que de facto os praticam. Em crise pois precisam urgentemente de ser clarificados.

2 - Os interesses pessoais estão sempre à frente dos interesses do outro. Obviamente que isto tem também implicações com a lealdade e a verdade. Manter os interesses pessoais nem sempre é compatível com o dever e respeito ao outro e por isso contorna-se, molda-se a verdade a
uma versão mais confortável.

3 - Apesar de estarmos à frente de alguém não quer dizer que de facto nos veja. Os nossos interesses, as nossas verdades, a nossa realidade é de tal ordem presente que nos impede de perspectivar todas as outras dimensões. Vêmos o que nos interessa, ouvimos só o que queremos, pensamos, construímos e sentimos em função disso. Se os nossos sentidos são a nossa ligação ao mundo, traem-nos muitas vezes.

4 - A diplomacia social reina, em prejuízo da franqueza, assertividade e clareza. A maior parte de nós faz fretes. A elevada taxa de malidicência, a competitividade, a necessidade de ajustamento a ambientes carregadinhos de estratégias pessoais, promove a perda da identidade. Quem não joga o jogo do real frete é facilmente rotulado de 'estranho'

É claro que tudo isto não era novidade para mim, mas esta semana aconteceram com grande intensidade e em várias versões. Tudo isto disfarçado de gentileza, em algumas das situações, o que torna tudo ainda mais espectacular.

Foram tantos os formatos que começei a achar que estava a perder o juízo.

Tenho muita dificuldade em lidar com estas coisas. Acho mesmo que não sei como se faz. É uma dificiência no meu processo de socialização, que eu não quero superar. O problema é que me estou constantemente a magoar, chatear e desiludir.

Acredito, por que gosto, nas pessoas. Vivo de coração aberto e dou aos outros muito mais do que a mim própria. Sou o verdadeiro 'alien social'.

Raramente me vêem como sou.

NSAS

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Como....

Como é que se diz alguém aquilo que não se pode dizer?

Como é que se mostra a alguém qual é percurso que tem de fazer, quando é o próprio que o tem de descobrir?

Como é que se faz enquanto se espera?

Como é que se lida com as dúvidas?

O que é que se faz à ânsia de concretização daquilo que já se viu acontecer?

Não sei responder....... mas será que estou a descobrir?

NSAS

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nada..... se é nada é porque é alguma coisa

Nada....

Não tenho nada absolutamente nada para dizer, para escrever.

Tenho andado a pensar num tema, num assunto, numa parvoice qualquer para escrever, e NADA!!!

Não consigo imaginar nenhum assunto de interesse, estou vazia de ideias e de criatividade, mas não sofro da ausência de reflexão. Todavia, apenas acho que não tem havido nada de particular interesse, digno de um momento de partilha cibernauta.

Quando não há nada a dizer, existe o silêncio reflectido na ausência de uma página. Não há novidades, não há letras, não há NADA.

Estou a escrever sobre o NADA, para tornar real a existência de falta de assunto. Aqui estou num profundo momento filosófico a dissertar sobre a existência do nada.

Bem, se nada existe é porque é uma coisa, logo nada não existe.

Qualquer coisa deste tipo. Quantas vezes já fizeram esta pergunta a alguém?
- O que é que tens?
E quantas vezes já obtiveram esta resposta?
- Nada
Na grande maioria das vezes a resposta 'nada' é uma solução para não revelar a verdadeira razão, para não falar do assunto, para manter a privacidade, ou pura e simplesmente a incapacidade de explicar, traduzir.
Este nada, não o é de facto. É outra coisa qualquer.

Bem é melhor acabar por aqui, estou a ficar baralhada e não estou nada interessante

Greetings
NSAS

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quero ser como um pássaro... já fui!!!!

Voar...

Nunca tinha percebido muito bem a paixão por voar, por querer ser como as aves. Era engraçada para mim a história de Icaro, ou a paixão de Leonardo Da Vinci pelas maquinetas voadoras.
Agora já sei, já pecebi qual é a sensação e apaixonei-me absolutamente.

Saltei de paraquedas!!!!
Fiz um Tandem (isto é um salto com um monitor), saltei dos 12mil pés.
É uma experiência absolutamente indescrítivel. Vale a pena cada segundo, cada momento e cada euro dispendido.

Imaginem....

Um aviãozinho pequeno em que quadro pessoas vão encaixadas tipo lego. O avião balança a cada rajada, teima em descolar e lá vai. Circunda, ganhando altitude, o aerodromo, revelando uma paisagem de retalhos em tons de verde.

Doze mil pés!!!! Abre-se a porta!!! O monitor espreita para ver onde estamos.
MEU DEUS!!!!
Tudo é muito pequeno lá em baixo, e tudo está tudo muito pequeno lá em cima.
Saltam os companheiros de viagem com um sorriso nos lábios, prontos para mais uma experiência de pura adrenalina. Coloco-me na posição de saída do avião, braços cruzados ao peito e lá vai....... seja o que o divino quiser.

É o verdadeiro salto de fé.
Acreditar que o paraquedas abre, acreditar que a pessoa a quem vamos acopulado sabe o que está a fazer, entregar a nossa vida a outro, acreditar que somos capazes e que vamos tirar o melhor partido desta experiência,

Sair do avião e sentir a gravidade a puxar-nos a toda a velocidade para o chão. Uma pressão imensurável, um barrulho ensurdecedor. Pensar em tudo aquilo que nos foi ensinado, visto e revisto antes da partida.
Subitamente um puxão enorme para cima, o silêncio, a paz, a contemplação do que está à nossa volta.
O paraquedas abriu, fixe!!!
Não se pensa nisso, fica-se pura e simplesmente deslumbrado por tanta beleza, por todas as emoções inexplicáveis, porque nunca sentidas.
Mais de 5 minutos a planar, a brincar, aos circulos, às piruetas, e a pensar como o engenho do homem e a criação divina se encaixam na perfeição. Digo ao monitor: agora já sei o que é ser pássaro!!!

Voar..... uma sensação de liberdade extraordinária!!!

Aterrar!!!!

E a incapacidade de contar o que se viveu. É preciso tempo para digerir tanta sensação, tanta emoção, tanta informação! E gerir toda a adrenalina.

Saltar é uma expriência única, inanarrável. Sem palavras, dificil de descrever. É algo que todos deviamos fazer, pelo menos uma vez na vida. É absolutamente fenomenal, fantástica, digna de todos os superlativos. É um teste supremo ao medo, ao controlo das emoções, à racionalidade e ao instinto de sobrevivência. É deixar-nos embalar, pegar ao colo pela natureza, fluir com as energias do universo.

Greathings
From the Air

NSAS

terça-feira, 9 de junho de 2009

Eleições...!!! Enfim!!!!

Eleições!
Comentários e tanto tempo gasto com conversas, debates, mesas redondas.
Expressões, divagações, tentativas de advinhação do porquê votaram os portugueses e as portuguesas em determinados partidos e não noutros. E muitos, muitos, muitos..., mesmo muitos peritos!!!

Vamos lá ver se nos entendemos:

1 - quem ganhou de facto as eleições foi a abstenção;
2 - não foi o PSD que ganhou as eleições, foi a PS que as perdeu;
3 - o PCP e PP não cresceram em número de votos;
4 - estes resultados valem o que valem, não permitem conjecturas nem futurologia;
5 - eram as eleições europeias, não uma avaliação ao governo, isso será na legislativas;
6 - seria interessante ver e medir a progressão dos movimentos independentes.


O porquê das coisas:

- os portugueses e as portuguesas estão fartos dos discrusos maldizentes, semelhantes e pobres da elite politica. Se o tema é chato, precisamos de alguém que nos inspire e de ideologias. Desafio mesmo os partidos politicos a mudarem de posturas e em vez de dizer mal do vizinho, enveredarem por discursos positivos e proactivos.

- os portugueses e portuguesas não votam em partidos - as ideologias antigas já foram às urtigas- votam em pessoas com aspecto interessante. O candidato do PS era o pior candidato e o menos interessante, daí que os resultados tenham sido desatrosos. Nuno Melo bem mais interessante, mas vem de bónus Paulo Portas e aí não há paciência.

- os portugueses e as portuguesas que continuam a votar no PCP estão a morrer, são residuais. E os que não são andam distraídos, esta coisa do comunismo está historicamente provada que não funciona. Nem Marx acreditou nela.

- os portugueses e portuguesas precisam de partidos novos. Estes estão demasiado burocráticos, com máquinas pesadas, que não permitem a livre circulação de ideias. Precisam de originalidade, de ideias, de gente interessante e que, de preferência, não esteja embrenhado na máquina politica e que combatam a mediocridade.

- os portugueses e portuguesas estão fartos da comunicação social. São pouco isentos, pouco claros, tendenciosos, manipuladores e manipuláveis.

- os portugeses e as portuguesas não ouviram falar em contribuições para a politica europeia nem ideias. Ouviram falar mal.... nem sei muito bem de quem ou do quê!

- os portugueses e portuguesas não vão votar porque não acreditam e acham que não vale a pena o esforço. Está tudo deprimido de tanto ouvir falar de crise.

Aqui estou eu com mais palavras e raciocínios sobre a coisa politica.

Poupem os portuguesas e os portugueses. Não somos imbecis, pensamos e não temos paciência para comentários e comentadores que são pagos principescamente.

Alguém disse:
'não aceito lições de quem sabe, só aceito lições de quem faz melhor'.

Greatings

NSAS

terça-feira, 26 de maio de 2009

Os 'ismos' do EGO

"Egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar os seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona."

"Egocentrismo caracteriza-se pelo sonho de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e factos. Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os factos se moldem aos seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e então aprender".

É giro como se encontram as definições mais interessantes na wikipédia.

Há muito que reflicto neste equilibrio necessário entre o EGO, não na definição psicanalitica de Freud, ou na versão de Jung, e o ALTER, aqui representando o outro. Como é que mantém o equilibrio entre o 'eu' e o 'tu'?

Não um alterego no sentido da outra face da personalidade, ou identidade. Estou a tentar perceber onde começa o egoismo e onde começa o altruismo. Não estou aqui a pensar nas pessoas abnegadas da sua condição de SI, ou da negação da existência enquanto identidade ou indivíduo. Estou a pensar na prática de gestos quotidianos pelo outro.

Somos seres eminentemente sociais. Vivemos em comunidade e dependemos todos uns dos outros. Fazemos parte de uma rede maior, de um sistema de funções, de papéis sociais, de um tecido que nos liga uns aos outros. Nesta sociedade complexa, precisamos necessariamente do outro, mas vivemos cada vez mais virados para dentro.

Este aparente paradoxo, é reforçado, na minha opinião, por todos os mecanismos tecnológicos que nos dão a aparente sensação de indepedência. Podemos viver, qual eremita, fechados em casa. Podemos trabalhar em casa, fazer compras pela net, encontrar 'amigos' nas páginas sociais, produzir a sensação da integração social no twitter, conversar nos chat, msn ou spkype, divertirmo-nos em guerras e jogos em rede na playstation e praticar até sexo virtual.

Desta forma mantemos intacta a nossa bolha social, aumentamos o espaço e vivemos absolutamente de acordo com os nossos critérios. Como é que se chama a este tipo de comportamento? É-se egoista? É-se egocentrista? É-se auto-centrado?

Não sei.

Acho que a vida é feita de equilibrios precários produzidos quotidianamente. Os nossos equilibrios são construídos pela relação com o outro, na minha opinião em presença. A relação, a afectividade, o toque ajudam-nos a edificar realidades saudáveis e mais felizes.

Tenho a certeza que tenho momentos egoístas, provavelmente muitos. Tenho a certeza também que plantar disponibilidade, afectos, cuidados com o outro são o investimento de maior retorno e o garante da saúde mental.

Lembro-me sempre da velha máxima 'quem não planta não colhe'!
E o preço é ficar sózinho.

Greatings
NSAS

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Estes neurotransmissores...... bolas!!!

Andei a fazer umas pesquisas ligeiras sobre os estados depressivos ligados a mal de amores e descobri que a culpa é dos neurotransmissores.

Estão a ver os neurónios, aquelas coisas que nos permitem executar imensas funções: pensar, caminhar, fazer coisas, ficar felizes ou sentirmo-nos absolutamente miseráveis. Para que eles funcionem é necessário que se realizem as sinapses, isto é as ligações entre os neurónios, que por sua vez para acontecerem precisam da libertação de substâncias quimicas chamadas de neurotransmissores.

Os neurotransmissores permitem que se ultrapasse a Fenda Sináptica, o que, mais ou menos,faz com que os neurónios funcionem. Aqui está uma das explicações para a estupidez: fendas gigantes, inultrapassáveis pelos neurotransmissores.

Fui procurar os neurotransmissores associados ao amor e à sua manifestação e descobri os seguintes:

- Acetilcolina: responsável, entre outras coisas, pelo tônus muscular, aprendizagem e pelas emoções, a performance sexual controlando o fluxo sanguíneo e ritmo cardiaco durante o acto sexual;

- Endorfina: actua como calmante natural, alivia a sensação de dor. Quando associada com a dopamina pode substituir a sensação de dor pela sensação de prazer. É responsável pelo sentimento de eurofia e êxtase.

- Dopamina: é capaz de acalmar a dor, quando associada com a endorfina e aumentar o prazer.

- Serotonina: responsável na excitação dos órgãos e contrição dos vasos sanguíneos. Eficaz na luta contra a depressão.

Ora bem. O acto sexual é responsável pela libertação da endorfina (correr também, mas quem quiser que corra), que, como já disse, afecta os mecanismos cerebrais que controlam o humor, as sensações de prazer, o optimismo, o ânimo, a ansiedade, a insónia e o envelhecimento. Só vantagens.
A endorfina é por isso chamada do neurotransmissor da felicidade. Pode ser também encontrada no chocolate, e é por isso que quando sofremos de mal de amores nos apetece chocolate.

É um facto que o nosso sistema imunitário está ligado ao nosso sistema emocional, por isso se estamos deprimidos é muito provável que fiquemos também doentes.

Por isso sugiro para evitar gripes, constipações e outras complicações: pratiquem sexo, façam exercício, comam chocolate e apaixonem-se. Podem também procurar na net os alimentos ricos nestas substâncias, ou então quais os suplementos alimentares a tomar e fazem um coktail, uma saladita, ou qualquer coisa assim do género.

Se isto não funcionar resta sempre o velho amigo alcool, afogar as mágoas, micróbios e outras bactérias.
Animem-se é fácil!!! Carradas, paletes, resmas de chocolate preto de preferência!!!

Greatings
NSAS

terça-feira, 5 de maio de 2009

Perspectivas...

É engraçada a forma como construímos a realidade. Exactamente, é isso mesmo! Construímos a realidade.

Aquilo que vemos, sentimos, ouvimos, percebemos, assimilamos, ou até mesmo sobre o que criamos conhecimento, depende da forma, do ângulo, do óculo sob o qual aprendemos o fenómeno. Se não vejamos.

A ciência está em constante evolução, na tentiva da descoberta da verdade sobre um determinado fenómeno. Um dia uma determinada coisa faz mal à saúde, no outro dia já é óptimo. Isto porque a produção de conhecimento está constantemente a processar-se e por outro porque depende da teoria (perspectiva) que enforma a investigação.

Nas ciências sociais e humanas as perspectivas, teorias (não interessa a designação) são de importãncia suprema na produção de conhecimento. Vejamos a condição de normalidade. Primeiro vamos definir o conceito de 'normal'.
Normal é algo que é exibido na generalidade da população (podem ser comportamentos, atitudes, hábitos, etc). Note-se que eu usei a palavra algo, um fenómeno diriam os ciêntistas sociais e os restantes. Estou a tentar afastar-me das perspectivas cientificas e focar-me no dia-à-dia.

Um exemplo: nos tempos dos nossos pais a normalidade no ritual do namoro, era o dia fixo, as saídas acompanhadas, o namoro por carta, à janela e ao portão. Hoje em dia a normalidade do ritual do namoro passa pelo msn, pelo sms, passa necessariamente pela tecnologia. E isso é tido como normal. Mas onde fica a pessoalidade do toque. a leitura do olhar, do comportamento não verbal e das coisas que são ditas em susurro?
Ups.... há os smiles e todos os símbolos que tentam expressar emoções.

Como este exemplo existem muitos outros, que indiciam a mudança social e a transformação dos fenómenos. Em sociologia fala-se em fenómeno social total, para basicamente se dizer que os fenómenos são de tal ordem complexos, que a sua apreensão, compreensão e explicação precisa de várias metodologias e ciências. No fundo perspectivas.

Vamos à nossa vida comum, e deixemo-nos de cientismos.
Conhecem muito provavelmente o exemplo do copo meio cheio e do copo meio vazio. É a diferença de perpectivas vista pelo óculo do optimista e pelo óculo do pessimista. É bem melhor ser optimista, têm na generalidade dos casos bem mais sucesso na sua trajectória de vida, pois são bem mais resistentes à frustração.

O que é certo é que vemos a realidade e os outros tendo por base uma lente que somos nós próprios. Lemos a realidade tendo por base as nossas experiências, a forma como crescemos, fomos educados, do nosso grupo social de origem, do nosso estado de espírito e de humor, e sobretudos dos nossos objectivos.
Lemos a realidade tendo por base também o conhecimento que temos sobre ela. Podemos de facto estar certos ou podemos estar absolutamente desviados, tal qual um piloto numa caravana no deserto.

Como é que garantimos que a nossa perspectiva, noção da realidade está o mais próxima possível da verdade?

Questionando, perguntando, tendo sempre em consideração a perspectiva do outro. É que a realidade é constrída por comparação pela negação. Eu sei que sou magro porque não sou gordo. Eu concordo porque não discordo.

Outro truque é nunca tomar nada como garantido, questionar sempre e querer saber o exacto porquê das coisas. Podemos também fazer uso do pensamento criativo e tentar pensar em, pelo menos, mais duas perspectivas diferentes. Primeiro uma oposta aquela que nos pareça óbvia e depois uma alternativa.

Eventualmente poderemos criar percepções da realidade mais aproximadas da do outro. Bem, também não há problema em ser completamente diferente, mas depois aguentem-se à exposição ao grupo, argumentem e convençam. Vai haver sempre alguém que discorda, vai haver sempre alguém que acha absurdo, vai haver sempre alguém cético, vai haver sempre alguém critico, mas também vai haver alguém que concorda. A isto se chama diversidade e pensamento livre.

Estratégias, perspectivas, jogos de raciocínio. O que é certo é que somos animais completa e absolutamente sociais. Não fomos concebidos para viver os sozinhos e por isso precisamos inevitavelmente do outro. Precisamos necessariamente de relativizar perspectivas e de saber ouvir (estou a falar de escuta activa, de de facto ouvir) sem o ruído dos nossos egos.

Aturem-se diz o pessimista, divirtam-se assume o optimista.

Eu vou pelo divirtam-se.

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Abraço

Um abraço....

Um abraço é uma árvore de ramos abertos, com a suavidade do balançar das folhas ao vento.
Um abraço é uma onda de energia positiva, banhado pelo sol.
Um abraço é um cobertor de afecto, produzido nas teias do amor, da amizade e do carinho.
Um abraço é o aconchego de uma cama acabada de fazer, e a disponibilidade de uma almofada.

Um abraço é um Xi de coração aberto.

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NSAS

domingo, 19 de abril de 2009

Graus de Infidelidade

Ando há bastante tempo a pensar neste tema da infidelidade. O meu maior problema é definir os limites da infidelidade.

Nesta minha tentativa de reflexão sobre este assunto, primeiro tenho mesmo que clarificar alguns aspectos sobre o que eu penso e sinto:

1 - Acredito que é sempre melhor a verdade;
2 - Acredito que estar envolvido numa situação de infedilidade é muito fácil, na maioria das vezes não é planeada e é quase sempre uma situação complicada;
3 - Alguém sai sempre muito magoado;
4 - Acredito na velha máxima 'nunca digas nunca'.
5 - Acredito que temos um compromisso supremo connosco: ser felizes, gostarmos de nós.

Todos nós já fomos infieis, num ou noutro momento. Não é preciso levar ao extremo de pensar noutras pessoas, ou brincar quando 'um regalo para os olhinhos' passa, e considerar isso infidelidade. Estou a pensar naquelas situações em que alguém novo aparece, e nos faz ter outras perspectivas sobre o relacionamento que temos, em que damos por nós a pensar nessa pessoa e de como seria tê-la, sem que nada fisico aconteça, sem que haja uma conversa, ou a confirmação da outra parte, sem qualquer envolvimento. Uma coisa completa e absolutamente platónica.

Será isto infidelidade?

Será que a infidelidade é definida pelo grau de envolvimento fisico? É-se mais ou menos infiel se o que aconteceu foram uns beijos, umas carícias exporádicas, ou se aconteceu o total envolvimento físico? É-se mais ou menos infiel se se está completamente envolvido emocionalmente e nada conteceu ao nível físico?

Não sei muito bem definir onde começa e onde acaba a infidelidade. Considero que tem sobretudo critérios individuais. Cada um tem um manancial de indicadores, de parâmetros, de valores que atribui a cada situação que vive. Ninguém sabe o que fará se for traído. Tudo depende da pessoa, do grau de envolvimento, do investimento afectivo, das circunstâncias e dos cenários que se projectam.

Não sei definir os parâmetros da infidelidade, mas sei o que é verdade.

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Secretly

Mais que uma grande música, uma grande verdade.
Estou mesmo a torcer por ti...

terça-feira, 31 de março de 2009

Palavras

Sabem aquela famosa expressão: "não era isso que eu queria dizer"?!?

Provavelmente era mesmo. De outra forma podia ser dito de outra forma, ou não ser dito de todo. Sou do tipo de pessoas que acredita que tudo aquilo que dizemos e não dizemos vem de nós. Assim como as nossas expressões, interjecções e outros ões, bem como silêncios, são reflexo de todo um turbilhão de raciocínios, ideias, ligações e situações que nos sugerem coisas, ideias e imagens. Todas elas intrincadas, inculcadas e funcamentadas nas nossas vivências, experiências e formas de ver e de sentir o mundo.

Se é particularmente verdade para o que é dito, é-o tão mais verdade para o que é escrito. Quando escrevemos temos tempo para seleccionar a palavra, seleccionar a ideia, o que queremos dizer claramente e o que está nas entrelinhas. Não é isso mesmo a arte literária, a capaciade nos fazer viajar, sentir de acordo com as interpretações de cada palavra?

A escrita transporta-nos para outra dimensão, distancia-nos da realidade, promove a emoção, o turbilhão de sensações, que nos podem levar a euforias ou a depressões.

Cada palavra dita, escrita, pensada têm vários sentidos possíveis, dependendo do contexto, de quem as escreve e a quem se destina. cada palavra tem impacto no outro, seja alguém perfeitamente identificado ou a um público anónimo.

Se não querem ser interpretados, não falem, não escrevam, não sorriam, não respirem, não vivam. Tudo é interpetável e tudo tem um valor simbólico.

As palavras divertem-nos, deprimem-nos, mas tornam-nos humanos.

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domingo, 22 de março de 2009

River of Dreams

É verdade gosto desta música!
Faz lembrar um espiritual negro, muito na onda dos blues, mas se prestarem atenção à letra, é absolutamente inspiradora. É daquele tipo de coisas que ouvimos e deixa-nos pura e simplemente a sorrir e a cantar. Ter sonhos é muito bom, imaginem um rio cheio deles que nos conduz pelas suas margens e nos desagua num mar de possíveis realizações e conquistas.
A imagem é extraordinária! A música também.

"In the middle of the night
I go walking in my sleep
From the mountains of faith
To the river so deep
I must be lookin' for something
Something sacred I lost
But the river is wide
And it's too hard to cross
even though I know the river is wide
I walk down every evening and stand on the shore
I try to cross to the opposite side
So I can finally find what I've been looking for
In the middle of the night
I go walking in my sleep
Through the valley of fear
To a river so deep
I've been searching for something
Taken out of my soul
Something I'd never lose
Something somebody stole
I don't know why I go walking at night
But now I'm tired and I don't want to walk anymore
I hope it doesn't take the rest of my life
Until I find what it is I've been looking for
In the middle of the nightI go walking in my sleep
Through the jungle of doubt
To the river so deep
I know I'm searching for something
Something so undefined
That it can only be seen
By the eyes of the blind
In the middle of the night

I’m not sure about a life after this
God knows I've never been a spiritual man
Baptized by the fire, I wade into the river
That is runnin' to the promised land

In the middle of the night
I go walking in my sleep
Through the desert of truth
To the river so deep
We all end in the ocean
We all start in the streams
We're all carried along
By the river of dreams
In the middle of the night"

Billy Joel

Procurem e ouçam é muito nice.

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sábado, 21 de março de 2009

A zona cinzenta

Não te esqueças...

Aquela que existe no meio das coisas. Sabem, entre duas coisas. Quando as coisas se tocam. A área comum, zona cinzenta. Quando o preto e o branco se abraçam. Aquele espaço no meio. Não tem que ser cinzento, não no sentido "negativo" da palavra. É o centro de tudo, onde tudo é gerado, criado. Atracção inevitável, repulsa imediata. Paz e harmonia para todo o sempre. É também destruição, por isso. E indiferença. Está presente em tudo, em todos. O mundo não é preto nem branco, nem preto e branco. É cinzento porque está cheio de zonas cinzentas. Entre pessoas e entre coisas ou entre pessoas e coisas, tudo que existe é cinzento. Dois mundos se tocam, duas realidades chocam ou se encontram. Para formar a zona cinzenta. Algumas, entre pessoas e coisas, são bestiais. A relação criada. O amor à primeira vista. A dependência. Lembro-me do mar. Não, lembro-me do Mar. Da Lua e do Sol. Da estrada à minha frente e que me desafia quando corro. Da primeira vez que ouvi aquela música e soube que seria minha para sempre. Da minha camisa de flanela e do meu yo-yo da coca-cola. Entre pessoas... liberdades e intenções. Desejos e energias. A dor e a curiosidade. O acreditar e o compreender. Às vezes pode ser um cinzento mais escuro ou mais claro. Normalmente é assim. Depende da intensidade de cada parte. E depende do espaço e do tempo, peças-chave na grande tela cinzenta que é a realidade. Dificil, dificil é imaginar algo cinzento como algo bonito. Pois eu acho que o não há nada mais bonito que o cinzento.

Pintem-no da vossa cor favorita...

domingo, 8 de março de 2009

Ironias...

Sabem aquela teoria que diz que os acontecimentos se repetem, que se fecham círculos? Pois eu acho que o funcionamento é em espiral, alguns vão no sentido do início do túnel outros vão no sentido da saida do tunel. Imaginem qualquer coisa no formato de um tornado... é mais ou menos isso!!! Uns estão a ser sugados pelo turbilhão de acontecimentos das suas vidas, outros estão a ser expulsos, e a entrar numa nova fase.

Porém, são muitos os momentos do percurso em espiral, em que nos cruzamos com a(s) mesma(s) pessoa(s) em perspectivas e cenários diferentes. É como se a vida nos encarrega-se de assumir os papéis dos outros, nos fizesse experimentar o porquê de determinados comportamentos e acontecimentos. Nesse percurso de cruzamentos encontramo-nos em estádios diferentes de crescimento, o que significa que o que foi dito em determinado momento, vai ter de ser repetido de uma outra forma, porque naquele momento a pessoa não estava preparada, disponível ou pura e simplesmente não fosse capaz de ouvir e ou perceber. Nesse momento um túnel de vento poderoso separava perspectivas, sons, afectos, formas de sentir, de ver e de viver.

De repente, quando a tempestade passou, quando tudo está tranquilo, reconstruído, as forças da natureza, do universo, as formas circulares do tornado na saída do túnel, promovem o encontro, embora em lados opostos apenas com uma pequena brisa de premeio. Voltamos a repetir palavras, sons, memórias, voltam sensações,mas não as emoções.

Sabem aquela sensação de "eu disse-te", aquela sensação de que apetece dizer que te avisei, mas que a famosa frase não passa de uma vontade, pois nobreza de carácter, a compaixão nos impede de fazer, pois a pessoa pode estar no ínicio da sua recuperação como pessoa. Pois é!?!? É estranha.

Se nunca experimentaram isto, garanto-vos que vão experimentar. É engraçado, é estranho, é irónico, é preverso até, mas deve haver uma lei universal de atracção de ironias que nos faz recordar, pensar e crescer.

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domingo, 1 de março de 2009

Ser mulher...

Ser mulher é de facto especial.

Ser mulher significa ser sensível e forte ao mesmo tempo, significa ser pilar e elemento estruturador e estrurante de uma família. Ser mulher é ser fonte de afecto, é ser colo e ombro. Ser mulher é ter o poder de moldar as gerações.

Ser mulher é ser capaz de albergar o milagre da vida, de transformar células num novo ser. É algo poético, ondulante que tem correspondência nas curvas do corpo, na suavidade da pele, na beleza de um corpo. É leveza e beleza.

Ser mulher significa ser amante, mãe, profissional, conjungar um conjunto de papeís, sem perder identidade. É olhar pelo outro, muitas vezes esquecendo-se de si. É ser altruísta.

Ser mulher é ser capaz de accionar inteligência, racionalidade e emoção, num equilibrio instável e dificil de conseguir. É trabalhar muito, é esforçar-se por quase toda a humanidade. É cair em lágrimas, e esboçar um sorriso.

Ser mulher é ser capaz de ler o rosto de alguém, sem que se tenha de proferir uma simples palavra. É estar sempre atenta e continuar a dar atenção, a quem muitas vezes nem sequer nos vê.

Ser mulher é isto tudo e competir num mundo liderado por homens.

É bom ser mulher.

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carnaval

Fui à wikipédia. É verdade, também lá vou!!!

Fui ver o significado da palavra Carnaval, e descobri que tem a sua origem na expressão "carne vale", isto é "adeus à carne". Nop... não, não é só o adeus a comer carne, é o adeus aos prazeres carnais. Isto porque a partir do século IX a Igreja institui a semana santa e andou a contar 40 dias antes. Daí a quaresma..... Penso que deve haver muita gente em quaresma permanente!!! lolololol

Há ainda uma outra versão da origem do Carnaval. Há autores que consideram que o Carnaval teve origem na absorção pela Igreja católica de rituais pagãos, associados a ritos de fertilidade, que coincidiam com a mudança de equinócio (que acontece normalmente próximo da Páscoa). Seria mais a libertação dos maus espiritos do Inverno e as ritualizações de boas vindas à Primavera altura de renovação em que tudo é possível. Funcionaria como uma espécie de catarse social. em que tudo era permitido, num mundo marcado por fortes desigualdades e controlo social. A máscara permitia e permite muitas liberdades. Liberta desejos reprimidos.

Bem, não interessa nada.... o que importa é que é um feriadito sempre a uma terça-feira, o que para muitos significa um fim de semana em tom de férias. Além disso é uma festa diferente, na qual as pessoas passam muito mais tempo a divertir-se com a concepção da máscara (quanto mais não seja no plano da imaginação) do que propriamente no dia a divertir-se.
Pois eu não sou diferente... Aqui ficam algumas fotos dos mecânicos deste ano!!!!! LOL



~










Eramos 13 mecânicos...
Publicidade de borla para a Shell e para a Galp... como se já não contribuíssemos o suficiente!!!!

Espero que se tenham divertido!!!
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Escolhas...

Pois é, aproveitando até o post anterior (original, sem dúvida), um voto implica uma escolha. A decisão de votar no Partido dos Giros, por exemplo, significa que, por variadas razões, alguém decide e opta, dentro de um leque de possíveis escolhas, colocar a cruzinha no PdG. Lol, olha que ainda és capaz de fundar um partido mesmo! É que os motivos que levam as pessoas a votar nos outros partidos são cada vez menos... Sem dúvida que se há tempo em que as alternativas podem ganhar algum espaço, esse tempo é agora!
Este é apenas um exemplo de uma escolha que fazemos. Todos os dias somos "obrigados" a fazê-las. Muitas delas, a maioria julgo até, são feitas de forma inconsciente, automática. O que acho engraçado é o facto da escolha implicar que abdicamos de algo. Costumamos dizer que não se pode ter tudo, e isso é bem verdade quando pensamos que ao optarmos por fazer algo, algo mais há que deixamos de fazer. Mesmo quando se consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, coisa que hoje em dia somos praticamente forçados a conseguir. De qualquer forma, quando decides por algo, tens um custo. O custo do que deixaste de fazer. É dos conceitos de economia que mais "guardei", orienta muitos dos princípios económicos, e de facto tem bastante aplicação prática (a economia não são só números...). Para a doutrina económica, o que aqui importa fazer é uma análise custo-benefício. Então, a tua decisão perante um cenário de várias hipóteses é optar pela que te traz maior utilidade (representa o teu benefício, o que vais "ganhar" com a tua escolha). A comparação é feita com o custo, que no caso representa aquilo que te traria maior utilidade logo a seguir, e que deixas de ter porque optaste pela primeira hipótese. Chama-se custo de oportunidade. O custo de oportunidade existe porque existe escassez de recursos e as nossas opções são limitadas, por exemplo pelo tempo, dinheiro, capacidades, espírito de sacrifício, enfim, quase tudo pode ser aqui englobado. Mas há apenas um pormenor que é um "pormaior" nesta análise. Assume-se como pressuposto que a decisão é racional. Ora bem, aqui é que acho que a ciência económica começa muitas vezes a falhar. Nenhuma teoria é válida se os seus pressupostos não estiverem validados, e neste caso entendo que é um pressuposto no mínimo audaz. Nem todas as nossas decisões são racionais, pelo menos a 100%. Parece-me que isto é quase senso comum.

As escolhas que fazemos. Gosto de pensar que somos o que escolhemos. Somos o caminho que vamos traçando para nós. Às vezes enfrentamos verdadeiros dilemas perante uma escolha a fazer. Que pode mudar a tua vida. Costumo imaginar uma bifurcação, em que seguindo por um dos lados, todo o teu percurso daí para a frente vai ser diferente do que encararias se tivesses ido pelo outro. E se é verdade que há escolhas que são quase imperceptíveis, outras há que nos obrigam a parar e a pensar. Porque sabemos que, uma vez tomada a decisão, não há volta atrás.

Elas vão continuar a aparecer no nosso caminho, a desafiar-nos. Também, se não fosse assim, onde estava a piada disto tudo?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Partido dos Giros

Estava prometido...

Vêm aí as eleições. E os que vão votar, os que querem votar, os que gostariam de votar, os que não fazem ideia, continuam com os mesmos partidos politicos para votar.

Têm todos brilhantes ideias para combater a crise, e andam nisto há quase dois séculos. Como as 'ideologias de combate' - comunismo vs capitalismo - já não existem e não têm sentido, temos mesmo que improvisar uma ideologia nova que nos inspire.

Por isso, proponho. Vamos criar um partido politico novo: o Partido dos Giros!

Requisitos de filiação:

- Ser giro, ter de facto bom aspecto.
- Ter bom gosto, sorrir, ter sentido de humor e não usar fatos cinzentos, ou de qualquer outra côr que passe aquele ar de 'meu deus vai falar, que seca!'. Exclui-se também aquele ar de descontraído de falsa pertença às classes do povo.
- Ser inteligente, de preferência brilhante. Não se requer doutoramentos, mestrados ou qualquer tipo de título académico, basta que pense e evite dizer barbaridades.
- Desempenho efectivo de funções: trabalhar mesmo. Têm mesmo de ter experimentado um horário de trabalho, com um salário fixo, e cujas tarefas deveriam ser desempenhadas no mínimo por mais uma pessoa.


Projecto politico:

- Inexistente: ninguém responsável pode de facto projectar seja o que for quando não faz a minima ideia do que vai encontrar. Logo se vê o que se arranja

Promessas:

-Não há: apenas proibir falar na crise.

Ideologia:

- Dizer a verdade
- Promover o optimismo

Seja lá o que fôr que se diga, seja qual fôr o discurso, seja qual fôr a incongruência, seja qual fôr a mensagem e o tipo, não importa!!!! Pelo menos será dita, comunicada por alguém com bom aspecto. Por alguém de facto giro, com piada e inteligente.

Não acham possível aliar à inteligência a beleza??? Hello??? Basta repararem na nossa classe politica. Que bem que eles aliam a mediocridade com o mau aspecto! Tem mesmo de existir o oposto.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O problema desta sexta-feira 13 é o dia 14...

O número 13 como número do azar está relacionado com tradição cristã, já que na mitologia grega o número 13 era considerado o número da sorte, pois correspondia ao deus Zeus, o último no desfile dos deuses do Olimpo.

Com a tradição cristã porquê?

1 - Eram 13 pessoas sentadas à mesa na última ceia. Doze apóstolos e o décimo terceiro - Cristo, que como todos sabemos foi crucificado.
2- Dizem alguns entendidos na matéria, que Cristo terá sido crucificado numa sexta-feira 13.
3 - A razão mais famosa de todas é quela que aponta para o facto de ter sido numa sexta-feira 13 do ano de 1307 (que contém o número 13) o dia em que o rei francês Filipe IV decretou a extinção da Ordem dos Templários e mandou executar e torturar os membros da ordem, bem como os seus responsáveis máximos.

Sexta-feira 13 o dia das bruxas porquê?

Mais uma vez a tradição cristã é responsável. A deusa alemã e nórdica do amor Friga (daí vem o nome do dia da semana Fridadag, Freitag, Friday) foi transformada em bruxa quando as tribos destas origens foram convertidas ao cristianismo. Por vingança, e porque amor e ódio são emoções muito próximas, reunia todas as sextas-feiras com mais 11 bruxas e o diabo, para rogar pragas aos humanos. E ganhou, pois nos nossos calendárioas actuais, a identificar a sexta-feira, aparece apenas sex, e se brincarmos com as linguas podemos facilmente obter sexday! lolololol

Quanto a mim acertaram muitas vezes no cupido, e ultimamente têm andado mais eficazes.
Na última sexta-feira treze diverti-me a valer, na festa das Bruxas de Montalegre. Ouvi e repeti o esconjuro e fiquei muito purificada com a ingestão de várias queimadas, e note-se que o número do quarto onde fiquei a dormir era o treze. Mas se devia ter ficado libertada das pragas da Friga, acho que não funcionou, se calhar foram demasiadas queimadas.

Por falar na deusa do amor Friga, vamos ao Cupido. O Cupido o deus do amor, apaixonou-se por Psique deusa da Alma. Tiveram uma confusão muito mortal, aquela velha história das sogras que não gostam das noras... and so on, and so on..., falhou na pontaria (novidades?!?!) e atingiu-se a ele próprio contrariando as orientações da matriarca, ficando perdidamente apaixonado pela Psique, tendo ele próprio sofrido por amor. Na mitologia grega Cupido era um jovem loiro e de caracóis. Não percebo o fenómeno que tem vindo a sofrer, mas está cada vez mais com aspecto de puto reguila que anda para aí a disparar (com pouca pontaria) a mortais distraídos, e que se diverte forte e feio com o assunto. Cupido onde anda a Psique?

Onde entra o São valentim nisto tudo?

Mais uma vez a tradição cristã. Era uma bispo teimoso, que contrariou o imperador Romano Claudio II, que tinha proibido os casamentos, pois precisava de jovens disponíveis para se alistarem no seu exército. São Valentim foi preso e apaixonou-se pela filha cega do seu carcereiro que, como era de prever, milagrosamente começou a ver (terá sido do sexo?). São Valentim recebia mensagens de jovens a dizer que continuavam a acreditar no amor. Foi decapitado no dia 14 de Fevereiro de 270. Podemos, mesmo, dizer que perdeu a cabeça por amor! O amor vence até mesmo a fé!! Ah!!! Nesta altura os padres ainda podiam casar, o celibato foi só depois do Pápa Gregório.

Tanta mitologia e angeologia misturada. São tradições pagãs e tradições cristãs misturadas a enaltecer afectos e perdas. Mas sem duvida com muita morte à mistura, cheia de emoções que espelham bem a natureza humana, e a rapidez com que passamos de emoções positivas a emoções negativas.

Bruxas, deuses, deusas e bispos à parte o que é certo é que tudo isto passou de histórias e lendas, para dias altamente rentáveis. Casal que se preze vai jantar fora nos dia dos namorados, oferecem-se presentes, enaltece-se o nobre sentimento do amor.

Os restantes membros da sociedade que pelas mais variadas razões se contram à deriva, à espera da seta do cupido, do principe ou princesa encantada (que agora já não vem a cavalo), são bombardeados, pelo menos durante o mês de Fevereiro, com a informação que se encontram sozinhos. Não têm propriamente uma cara metade a quem fazer seja lá o que for que lhes apeteça. É só corações, coraçõeszinnhos, côr-de-rosa, peluches, flores e sei lá mais o quê que a publicidade se lembra. Ninguém merece!!!

O consolo de quem está sozinho, são os jantares com os amigos na mesma situação, e que normalmente são bem mais divertidos do que os dos casais. Já repararam na quantidade de casais que vão jantar nesse dia e nem tão pouco conversam? E há também aqueles casais em que pelo menos um dos membros, se não ambos, preferia estra noutro sítio ou com outra pessoa.

Como dizia no post anterior as relações têm de facto que ser cultivadas, mas precisavam de ser todas no mesmo dia? Bem, se nos outros dias se esquecem, pelo menos que neste façam alguma coisa de jeito. Esqueçam os corações, o côr-de-rosa e os peluches é piroso.
Conselho: pensem nalguma coisa diferente e divertida, de preferência perigosa (calculadamente perigosa), pois está provado que a sensação de perigo aproxima os amantes.

Sugestão para quem não tem namorado(a), ou alguém a quem possa chamar seu. Escolham uma pessoa que de facto gostem e façam uma surpresa, um agrado, um gesto simpático. Há várias formas e tipos de amor e de amar, mas todas elas precisam de ser alimentadas. É bom plantar afectos, mesmo que quem nos rodeia esteja distraído, ou não esteja habituado.

Lots of love by Friga

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NSAS

Em tom de curiosidade: hoje perguntaram-me pelo menos três vezes (pessoas diferentes é óbvio) pelo meu namorado. Se o virem pf avisem-me. Acham que é da época??? Mas ninguém me perguntou pela bruxa?!?!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sexo

Um destes dias tive uma conversa particularmente interessante com umas amigas. O assunto era sobre relacionamentos. Que tipo de relacionamentos querem ter, quais os constrangimentos, as expectativas ou não, os cenários possíveis, mas tinha por base o controlo dos afectos.

Com o decorrer da conversa, comecei a perceber que o grande problema e o cerne da questão residia na prática de sexo e na carga social a ela associada.

A culpa, desta coisa toda, é de facto dos valores judaico-cristãos que nos foram inculcados desde o dia do nosso nascimento (penso mesmo que quando éramos projecto de gente já vinha no pacote genético).

Se não, vejamos. Há e continua a haver uma diferença grande na liberdade, no que respeita à prática sexual, dada ao género masculino e ao género feminino. Se um mocito tiver vários relacionamentos é um heroi (excepto aos olhos do publico feminino da mesma idade que o passa a ver como não fiável), se for uma mocita é uma galdéria fácil.

Há a valorização da virgindade, da castidade - aliás defendida fortemente como prática anticoncepcional e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis pela Igreja Católica. Vejam bem o aspecto do Pápa!
Pois..... mas sexo faz parte da nossa característica de humanos, de animais. Está programado e vinculado na nossa herança genética, e esta coisa de ser monogãmico é uma construção social, pois para a sobrevivência da espécie foi necessária a disseminação de bom genes. A não prática de sexo é antinatura.

Não sou defensora da infedilidade, aliás o que mais me chateia nessa coisa é a falta de verdade, mas a probabilidade de o nosso par, na sociedade actual, se cruzar com alguém que o/a atraia é elevadíssima. Conhecemos pessoas todos os dias, cruzamo-nos com desconhecidos, fazemos amizades na net. A probabilidade de se ser infiel em algum momento aumenta terrivelmente.

Temos também que pensar na representação social do casamento, cujo objectivo principal era um contrato financeiro/economico, e que simboliza a permissão face á sociedade da prática despenalizada de sexo. Ou seja, podemos pôr as endorfinas ao rubro porque somos casados. Desgraçados dos restantes! Se calhar é por este motivo que existe tanta gente mal disposta e deprimida.

Onde é que está escrito que os relacionamentos são para sempre? Quem disse que se tem de gostar da mesma pessoa para sempre? Não tem, e não são. Fisicamente falando, a paixão dura até seis meses, e amamos alguém mais ou menos quatro anos. Daí que os afectos e os relacionamentos tenham que ser necessariamente alimentados, de outra forma acabam.

Mas sexo, puro e duro é uma prática fisica, que pode ter em vista a reprodução ou o puro prazer.
Voto no prazer. Para as mulheres sexo é bem mais do que isso, sexo é sexualidade, é afectos. Sexo significa a partilha da intimidade, muito mais do que o corpo, tem a ver com a partilha da alma, do nosso espaço afectivo. É um despir, é a vulnerabilidade. Tudo isto ganha uma carga muito mais intensa quando o parceiro é novo ou muito desejado. Passamos para o foro: do que o que é que será que ele vai pensar?

Tudo isto apenas porque se atribui demasiada importância a um acto fisico. Na minha opinião, o flirt, o jogo, o toque, o desafio, entre outras coisas enriquecem e incutem um aspecto mistico à coisa. A imaginação permite grande partilha de intimidade, a conversa sobre o que se gosta e o que não se gosta, eleva a partilha a outros níveis.
Aliás, como é que se pode saber se de facto alguém é bom na cama, se se teve apenas um parceiro e não há termo de comparação?? Nã, nã, nã..... todos comparamos, o que na maioria das vezes nem tão pouco é comparável.
As mulheres gostam tanto de sexo como os homens, gostam de outra forma, assim de como tudo o resto na vida. Ninguém é dono de ninguém.

Sexo faz bem à saúde: gasta um elevado número de calorias, portanto emagrece. Quando bem praticado, faz mexer quase todos os grupos musculares, estímula a produção de endorfinas e por isso andamos mais felizes. Reforça o sistema imunitário e cardio-vascular, liberta toxinas e faz bem à pele. Ok!!!!! Também tem associado a eles uns problemitas, mas estamos na onda do sexo seguro e reponsável. Eu prefiro pensar nas qualidades, quem preferir pensar nos riscos que vá correr a maratona, o efeito é mais ou menos o mesmo.

Penso que neste assunto, como em vários outros, temos de nos despir de orgulhos, preconceitos, e esforçarmo-nos por ser felizes, por tentar. Viver, descobrir, sorrir, experimentar, ver o que dá sem pensar em cenários. Sonhar é muito bom! E se se magoarem! Who cares?!?! Viveram..... Acima de tudo há que ser verdadeiro, primeiro connosco depois com o outro.

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Makeover

Olá.
Já não escrevo há algum tempo. Não porque não tenha vontade e assuntos, mas pela minha falta de tempo. Pois é: muito trabalho.

Todos os dias ouço histórias de vida, todos os dias leio relatos de percursos, de experiências, de trajectórias, de sonhos. Relatam sobretudo momentos de sobrevivência e de transformação, momentos de crise e de resiliência, de resistência a grandes adversidades. Há vidas que se adivinham em cada linha do rosto, e há outras que se escondem por de trás de sorrisos.

Neste meu trabalho diário, com personagens da sua própria história, é particularmente gratificante perceber o impacto que se tem na visão que cada um tem de si, nas possibilidades que descobriram e nas portas ou janelas que se vislumbram.

Tentei escrever a minha história de vida, desisti. Um dia terei mesmo que o fazer. Desisti, pois a minha história, como a da maioria das pessoas, é feita de momentos particularmente complicados de lembrar. Momentos em que a resistência fisica, emocional, e tudo foi posto à prova. Cresci com cada um deles, foram particularmente dolorosos, alguns do ponto de vista fisico outros emocionalmente dificeis.

Sobrevivi quando tudo indicava o contrário, sou por isso mais uma das resistentes. Tenho tido a capacidade de começar de novo, em muitas esferas da minha vida, tenho tido a resistência e continuado a sorrir, a ter sentido de humor, a respirar fundo e pensar - "vamos lá". Sou cerebral, racional, e sinto-me particularmente vitoriosa por conseguir continuar a sentir e ser capaz de ter empatia, de me pôr no lugar do outro. Endureci, mas não embruteci.

A minha vida tem sido um constante makeover. Reconstruir. Vou entrar numa nova etapa, numa nova mudança. Ainda bem... Mais um novo crescimento, vai ser complicado, mas vai ser bom!

Em todos os momentos complicados da minha vida achei que não iria ter força ou a coragem para continuar, mas surpreendentemente cá estou eu. Tenho plena noção das minhas fragilidades, de quem sou, daquilo que é a minha identidade, que se constroi e transforma todos os dias. Tenho noção do que preciso, do que represento para algumas pessoas, das minhas carências e dos meus momentos bons e maus, da necesidade de estar sózinha e da importância da liberdade que usufruo no meu quotidiano. Mas tenho acima de tudo a consciência da importância do outro na minha vida.

Ninguém cresce ou se transforma sozinho. Nada se compara ao calor de um toque, ao conforto de um ombro, por muito aliciante que nos pareça o nosso sofá.

Espero ter a coragem e a capacidade de renascer e de me reconstruir muitas vezes. Não sei se vou ser sempre capaz de o fazer, mas vou sempre tentar.

Greatings

NSAS

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A verdade

A verdade é algo que sempre causa alguma confusão de espírito. Ou melhor, a busca da verdade. Que todos nós, de alguma forma, levamos a cabo. Procuramos a verdade. Debatemos a verdade. Fala-se de realidades diferentes. Então se o real é o verdadeiro, fala-se de verdades diferentes? O que para ti é verdade pode não o ser para mim? Tendemos a dizer que não há uma verdade absoluta, para responder a esta questão, que pode até ser incómoda. Cada um vê o mundo pelos seus olhos. Através deles. Capta, absorve e sente. Algures neste processo, não sei bem onde, nasce a verdade. De cada um. Para cada um. Há realidades infinitas, imensas, imensuráveis, nesse caso.
Hoje apeteceu-me partilhar uma. Que senti. E apenas posso dizer que não podia concordar mais com o que me foi relembrado hoje.
"A felicidade apenas é verdadeira quando partilhada "
Verdade.

Já agora e como é o meu 1º post do ano, que este seja em grande.
Beijinhos e abraços*

sábado, 3 de janeiro de 2009

Mamma Mia

Um ano fantástico...

É um facto. Comprei o filme Mamma Mia em todas as versões possíveis DVD e Blueray, comprei o Singstar dos Abba com e sem microfones para a playstation 3 e vi duas vezes o filme no cinema.

Estou uma Mamma Mia maniac! So what!?!?

Estava a ver o filme que comprei em dvd para mim (mais um presente para me, myself & I) e cheguei à brilhante conclusão que há várias letras das músicas do filme que se aplicam á minha vida. Tenho a certeza que se aplicam a quase todos - a eles e a elas!

Começaria pela seguinte:

Chiquitita

Chiquitita
Tell me what's wrong
You're enchained
By your own sorrow
In your eyes
There is
No hope for tomorrow
How I hate
To see you like this
There is no way
You can deny it
I can see
That you're
Also sad
So quiet...

Leiam o resto da letra, está na net. Mas já aconteceu isto a todos. Momentos melhores, outros mais dolorosos, mas de uma importância crucial. Querem ver!!!

S.O.S

Where are those happy days
They seem so hard to find
I try to reach for you
But you have closed your mind
Whatever happened to our love
I wish I understood
It used to be so nice
It used to be so good
So when you're near me
Darling, can't you hear me, S.O.S.
The love you gave me
Nothing else can save me, S.O.S.
When you're gone
How can I even try to go on
When you're gone
Though I try, how can I carry on
You seem so far away
Though you are standing near
You made me feel alive
But something died I fear...

Quem já não sofreu um desgosto amoroso??? Quem não sofreu, vai provavelmente sofrer?!? Ah! Ninguém morre de amor! E o normal é curar um desamor com um novo amor. Vejam....

Gimme gimme gimme

Gimme gimme gimme a man after midnight
Won't somebody help me chase the shadows away
Gimme gimme gimme a man after midnight
Take me through the darkness to the break of the day...

E depois há as recaídas, os reencontros e lá voltamos ao mesmo....

Voulez-vous

People everywhere
A sense of expectation hangin' in the air
Givin' out a spark
Across the room your eyes are glowin' in the dark
And here we go again, we know the start, we know the end
Masters of the scene
We've done it all before and now we're back to get some more
You know what I mean

Voulez-vous
Take it now or leave it
Now is all we get
Nothing promised, no regrets
Voulez-vous
Ain't no big decision
You know what to do
La question c'est voulez-vous
Voulez-vous....

E voltamos por muitas razões. saudades, carência , amor, paixão, necessidade de colo.... um conjunto de emoções que nem sabemos deslindar, nem preceber muito bem o que sentimos, quando sentimos e porquê o sentimos.... mas that´s life...

Mamma Mia

I've been cheated by you since I don't know when
So I made up my mind, it must come to an end
Look at me now, will I ever learn
I don't know how but I suddenly lose control
There's a fire within my soul
Just one look and I can hear a bell ring
One more look and I forget everything

Mamma mia, here I go again
My my, how can I resist you
Mamma mia, does it show again
My my, just how much I've missed you
Yes, I've been brokenhearted
Blue since the day we parted
Why, why did I ever let you go
Mamma mia, now I really know
My my, I could never let you go

I've been angry and sad about things that you do
I can't count all the times that I've told you we're through
And when you go, when you slam the door
I think you know that you won't be away too long
You know that I'm not that strong
Just one look and I can hear a bell ring
One more look and I forget everything...

Viver, apaixonar-se, amar é correr riscos e quem nunca o fez?? Quem não o fez não conhece todas as sensações fabulosas de estar apaixonado: as borboletas no estômago, as pernas a tremer, a figura triste de não ser capaz de dizer uma palavra e tudo o que é dito é sem sentido. Quem não passou pela situação: "não acredito que acabei de dizer isto"? É giro. Estão todos os sentidos ligados e acordados, é viver ao segundo...

Bem, também há aquela história chata de não ser correspondido, ou se é de uma forma estranha que não se entende muito bem. Há também todos aqueles que têm medo de experimentar, de deixar ir, de se permitirem sentir seja o que for! Querem ver?!?

Take a chance on me

If you change your mind, I'm the first in line
Honey I'm still free
Take a chance on me
If you need me, let me know, gonna be around
If you got no place to go when you're feeling down
If you're all alone when the pretty birds have flown
Honey I'm still free
Take a chance on me
Gonna do my very best and it ain't no lie
If you put me to the test, if you let me try...


E há todos aqueles que se tornam possessivos e ciumentos... ou então que não expressam de facto o que sentem, ou então estão simplesmente com a pessoa errada.

Lay all your love on me

I wasn't jealous before we met
Now every woman I see is a potential threat
And I'm possessive, it isn't nice
You've heard me saying that smoking was my only vice
But now it isn't true
Now everything is new
And all I've learned has overturned
I beg of you
Don't go wasting your emotion
Lay all your love on me...

Mas a vida não é só amor e uma cabana. Há os tostões, o dinheiro e as contas para pagar. É que ser crecido e independente tem os seus custos!! E há sempre o golpe do baú!! Não conhecem ninguém que caiu no golpe?! A vidita tem destas coisas!!!

Money, money

I work all night, I work all day, to pay the bills I have to pay
Ain't it sad
And still there never seems to be a single penny left for me
That's too bad
In my dreams I have a planIf
I got me a wealthy man
I wouldn't have to work at all, I'd fool around and have a ball

Money, money, money
Must be funnyIn the rich man's world
Money, money, money
Always sunny
In the rich man's world
Aha-ahaaa
All the things I could do
If I had a little money
It's a rich man's world...

Mas como é um ano novo, e viver significa renovação, planos, projectos.. e acreditar. São pequenos actos de fé diários, eu deixo esta.

I have a dream

I have a dream
a song to sing to help me cope
with anything
if you see the wonder
of a fairy tale
you can take the future
even if you fail
I believe in angels
something good in everything I see
I believe in angels
when I know the time is right for me
I'll cross the stream
I have a dream...

Há coisas mesmo giras, e a vida funciona mesmo por ciclos, as histórias e as coisas repetem-se. Eu cresci ao som dos Abba, com os meus pais a ouvirem os discos de vinil. è engraçado como há uma nova onda, com miúdos e graúdos a cantarem as mesmas melodias, mais sós, isolados pelos auscultadores de um MP qualquer.

Enjoy.... cantem e sorriam. É uma exclente terapia.... (já agora quem não souber, aqui está um optimo pretetxto para começar a aprender inglês)

Greatings & Happy New year

NSAS

P.s; a letra da música que melhor se adapta a mim é The winner Takes it All. Mais, é mesmo muito engraçado ver o Pierce Brosnan a cantar... lol