terça-feira, 31 de março de 2009

Palavras

Sabem aquela famosa expressão: "não era isso que eu queria dizer"?!?

Provavelmente era mesmo. De outra forma podia ser dito de outra forma, ou não ser dito de todo. Sou do tipo de pessoas que acredita que tudo aquilo que dizemos e não dizemos vem de nós. Assim como as nossas expressões, interjecções e outros ões, bem como silêncios, são reflexo de todo um turbilhão de raciocínios, ideias, ligações e situações que nos sugerem coisas, ideias e imagens. Todas elas intrincadas, inculcadas e funcamentadas nas nossas vivências, experiências e formas de ver e de sentir o mundo.

Se é particularmente verdade para o que é dito, é-o tão mais verdade para o que é escrito. Quando escrevemos temos tempo para seleccionar a palavra, seleccionar a ideia, o que queremos dizer claramente e o que está nas entrelinhas. Não é isso mesmo a arte literária, a capaciade nos fazer viajar, sentir de acordo com as interpretações de cada palavra?

A escrita transporta-nos para outra dimensão, distancia-nos da realidade, promove a emoção, o turbilhão de sensações, que nos podem levar a euforias ou a depressões.

Cada palavra dita, escrita, pensada têm vários sentidos possíveis, dependendo do contexto, de quem as escreve e a quem se destina. cada palavra tem impacto no outro, seja alguém perfeitamente identificado ou a um público anónimo.

Se não querem ser interpretados, não falem, não escrevam, não sorriam, não respirem, não vivam. Tudo é interpetável e tudo tem um valor simbólico.

As palavras divertem-nos, deprimem-nos, mas tornam-nos humanos.

Greatings
NSAS

domingo, 22 de março de 2009

River of Dreams

É verdade gosto desta música!
Faz lembrar um espiritual negro, muito na onda dos blues, mas se prestarem atenção à letra, é absolutamente inspiradora. É daquele tipo de coisas que ouvimos e deixa-nos pura e simplemente a sorrir e a cantar. Ter sonhos é muito bom, imaginem um rio cheio deles que nos conduz pelas suas margens e nos desagua num mar de possíveis realizações e conquistas.
A imagem é extraordinária! A música também.

"In the middle of the night
I go walking in my sleep
From the mountains of faith
To the river so deep
I must be lookin' for something
Something sacred I lost
But the river is wide
And it's too hard to cross
even though I know the river is wide
I walk down every evening and stand on the shore
I try to cross to the opposite side
So I can finally find what I've been looking for
In the middle of the night
I go walking in my sleep
Through the valley of fear
To a river so deep
I've been searching for something
Taken out of my soul
Something I'd never lose
Something somebody stole
I don't know why I go walking at night
But now I'm tired and I don't want to walk anymore
I hope it doesn't take the rest of my life
Until I find what it is I've been looking for
In the middle of the nightI go walking in my sleep
Through the jungle of doubt
To the river so deep
I know I'm searching for something
Something so undefined
That it can only be seen
By the eyes of the blind
In the middle of the night

I’m not sure about a life after this
God knows I've never been a spiritual man
Baptized by the fire, I wade into the river
That is runnin' to the promised land

In the middle of the night
I go walking in my sleep
Through the desert of truth
To the river so deep
We all end in the ocean
We all start in the streams
We're all carried along
By the river of dreams
In the middle of the night"

Billy Joel

Procurem e ouçam é muito nice.

Greatings
NSAS

sábado, 21 de março de 2009

A zona cinzenta

Não te esqueças...

Aquela que existe no meio das coisas. Sabem, entre duas coisas. Quando as coisas se tocam. A área comum, zona cinzenta. Quando o preto e o branco se abraçam. Aquele espaço no meio. Não tem que ser cinzento, não no sentido "negativo" da palavra. É o centro de tudo, onde tudo é gerado, criado. Atracção inevitável, repulsa imediata. Paz e harmonia para todo o sempre. É também destruição, por isso. E indiferença. Está presente em tudo, em todos. O mundo não é preto nem branco, nem preto e branco. É cinzento porque está cheio de zonas cinzentas. Entre pessoas e entre coisas ou entre pessoas e coisas, tudo que existe é cinzento. Dois mundos se tocam, duas realidades chocam ou se encontram. Para formar a zona cinzenta. Algumas, entre pessoas e coisas, são bestiais. A relação criada. O amor à primeira vista. A dependência. Lembro-me do mar. Não, lembro-me do Mar. Da Lua e do Sol. Da estrada à minha frente e que me desafia quando corro. Da primeira vez que ouvi aquela música e soube que seria minha para sempre. Da minha camisa de flanela e do meu yo-yo da coca-cola. Entre pessoas... liberdades e intenções. Desejos e energias. A dor e a curiosidade. O acreditar e o compreender. Às vezes pode ser um cinzento mais escuro ou mais claro. Normalmente é assim. Depende da intensidade de cada parte. E depende do espaço e do tempo, peças-chave na grande tela cinzenta que é a realidade. Dificil, dificil é imaginar algo cinzento como algo bonito. Pois eu acho que o não há nada mais bonito que o cinzento.

Pintem-no da vossa cor favorita...

domingo, 8 de março de 2009

Ironias...

Sabem aquela teoria que diz que os acontecimentos se repetem, que se fecham círculos? Pois eu acho que o funcionamento é em espiral, alguns vão no sentido do início do túnel outros vão no sentido da saida do tunel. Imaginem qualquer coisa no formato de um tornado... é mais ou menos isso!!! Uns estão a ser sugados pelo turbilhão de acontecimentos das suas vidas, outros estão a ser expulsos, e a entrar numa nova fase.

Porém, são muitos os momentos do percurso em espiral, em que nos cruzamos com a(s) mesma(s) pessoa(s) em perspectivas e cenários diferentes. É como se a vida nos encarrega-se de assumir os papéis dos outros, nos fizesse experimentar o porquê de determinados comportamentos e acontecimentos. Nesse percurso de cruzamentos encontramo-nos em estádios diferentes de crescimento, o que significa que o que foi dito em determinado momento, vai ter de ser repetido de uma outra forma, porque naquele momento a pessoa não estava preparada, disponível ou pura e simplesmente não fosse capaz de ouvir e ou perceber. Nesse momento um túnel de vento poderoso separava perspectivas, sons, afectos, formas de sentir, de ver e de viver.

De repente, quando a tempestade passou, quando tudo está tranquilo, reconstruído, as forças da natureza, do universo, as formas circulares do tornado na saída do túnel, promovem o encontro, embora em lados opostos apenas com uma pequena brisa de premeio. Voltamos a repetir palavras, sons, memórias, voltam sensações,mas não as emoções.

Sabem aquela sensação de "eu disse-te", aquela sensação de que apetece dizer que te avisei, mas que a famosa frase não passa de uma vontade, pois nobreza de carácter, a compaixão nos impede de fazer, pois a pessoa pode estar no ínicio da sua recuperação como pessoa. Pois é!?!? É estranha.

Se nunca experimentaram isto, garanto-vos que vão experimentar. É engraçado, é estranho, é irónico, é preverso até, mas deve haver uma lei universal de atracção de ironias que nos faz recordar, pensar e crescer.

Greatings
NSAS

domingo, 1 de março de 2009

Ser mulher...

Ser mulher é de facto especial.

Ser mulher significa ser sensível e forte ao mesmo tempo, significa ser pilar e elemento estruturador e estrurante de uma família. Ser mulher é ser fonte de afecto, é ser colo e ombro. Ser mulher é ter o poder de moldar as gerações.

Ser mulher é ser capaz de albergar o milagre da vida, de transformar células num novo ser. É algo poético, ondulante que tem correspondência nas curvas do corpo, na suavidade da pele, na beleza de um corpo. É leveza e beleza.

Ser mulher significa ser amante, mãe, profissional, conjungar um conjunto de papeís, sem perder identidade. É olhar pelo outro, muitas vezes esquecendo-se de si. É ser altruísta.

Ser mulher é ser capaz de accionar inteligência, racionalidade e emoção, num equilibrio instável e dificil de conseguir. É trabalhar muito, é esforçar-se por quase toda a humanidade. É cair em lágrimas, e esboçar um sorriso.

Ser mulher é ser capaz de ler o rosto de alguém, sem que se tenha de proferir uma simples palavra. É estar sempre atenta e continuar a dar atenção, a quem muitas vezes nem sequer nos vê.

Ser mulher é isto tudo e competir num mundo liderado por homens.

É bom ser mulher.

Greatings
NSAS

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carnaval

Fui à wikipédia. É verdade, também lá vou!!!

Fui ver o significado da palavra Carnaval, e descobri que tem a sua origem na expressão "carne vale", isto é "adeus à carne". Nop... não, não é só o adeus a comer carne, é o adeus aos prazeres carnais. Isto porque a partir do século IX a Igreja institui a semana santa e andou a contar 40 dias antes. Daí a quaresma..... Penso que deve haver muita gente em quaresma permanente!!! lolololol

Há ainda uma outra versão da origem do Carnaval. Há autores que consideram que o Carnaval teve origem na absorção pela Igreja católica de rituais pagãos, associados a ritos de fertilidade, que coincidiam com a mudança de equinócio (que acontece normalmente próximo da Páscoa). Seria mais a libertação dos maus espiritos do Inverno e as ritualizações de boas vindas à Primavera altura de renovação em que tudo é possível. Funcionaria como uma espécie de catarse social. em que tudo era permitido, num mundo marcado por fortes desigualdades e controlo social. A máscara permitia e permite muitas liberdades. Liberta desejos reprimidos.

Bem, não interessa nada.... o que importa é que é um feriadito sempre a uma terça-feira, o que para muitos significa um fim de semana em tom de férias. Além disso é uma festa diferente, na qual as pessoas passam muito mais tempo a divertir-se com a concepção da máscara (quanto mais não seja no plano da imaginação) do que propriamente no dia a divertir-se.
Pois eu não sou diferente... Aqui ficam algumas fotos dos mecânicos deste ano!!!!! LOL



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Eramos 13 mecânicos...
Publicidade de borla para a Shell e para a Galp... como se já não contribuíssemos o suficiente!!!!

Espero que se tenham divertido!!!
Greatings
NSAS

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Escolhas...

Pois é, aproveitando até o post anterior (original, sem dúvida), um voto implica uma escolha. A decisão de votar no Partido dos Giros, por exemplo, significa que, por variadas razões, alguém decide e opta, dentro de um leque de possíveis escolhas, colocar a cruzinha no PdG. Lol, olha que ainda és capaz de fundar um partido mesmo! É que os motivos que levam as pessoas a votar nos outros partidos são cada vez menos... Sem dúvida que se há tempo em que as alternativas podem ganhar algum espaço, esse tempo é agora!
Este é apenas um exemplo de uma escolha que fazemos. Todos os dias somos "obrigados" a fazê-las. Muitas delas, a maioria julgo até, são feitas de forma inconsciente, automática. O que acho engraçado é o facto da escolha implicar que abdicamos de algo. Costumamos dizer que não se pode ter tudo, e isso é bem verdade quando pensamos que ao optarmos por fazer algo, algo mais há que deixamos de fazer. Mesmo quando se consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, coisa que hoje em dia somos praticamente forçados a conseguir. De qualquer forma, quando decides por algo, tens um custo. O custo do que deixaste de fazer. É dos conceitos de economia que mais "guardei", orienta muitos dos princípios económicos, e de facto tem bastante aplicação prática (a economia não são só números...). Para a doutrina económica, o que aqui importa fazer é uma análise custo-benefício. Então, a tua decisão perante um cenário de várias hipóteses é optar pela que te traz maior utilidade (representa o teu benefício, o que vais "ganhar" com a tua escolha). A comparação é feita com o custo, que no caso representa aquilo que te traria maior utilidade logo a seguir, e que deixas de ter porque optaste pela primeira hipótese. Chama-se custo de oportunidade. O custo de oportunidade existe porque existe escassez de recursos e as nossas opções são limitadas, por exemplo pelo tempo, dinheiro, capacidades, espírito de sacrifício, enfim, quase tudo pode ser aqui englobado. Mas há apenas um pormenor que é um "pormaior" nesta análise. Assume-se como pressuposto que a decisão é racional. Ora bem, aqui é que acho que a ciência económica começa muitas vezes a falhar. Nenhuma teoria é válida se os seus pressupostos não estiverem validados, e neste caso entendo que é um pressuposto no mínimo audaz. Nem todas as nossas decisões são racionais, pelo menos a 100%. Parece-me que isto é quase senso comum.

As escolhas que fazemos. Gosto de pensar que somos o que escolhemos. Somos o caminho que vamos traçando para nós. Às vezes enfrentamos verdadeiros dilemas perante uma escolha a fazer. Que pode mudar a tua vida. Costumo imaginar uma bifurcação, em que seguindo por um dos lados, todo o teu percurso daí para a frente vai ser diferente do que encararias se tivesses ido pelo outro. E se é verdade que há escolhas que são quase imperceptíveis, outras há que nos obrigam a parar e a pensar. Porque sabemos que, uma vez tomada a decisão, não há volta atrás.

Elas vão continuar a aparecer no nosso caminho, a desafiar-nos. Também, se não fosse assim, onde estava a piada disto tudo?