Nos dias que correm não há nada mais natural do que viajar.
Não precisamos sair de casa para estarmos em contacto com diferentes realidades e cenários. Basta um click, uma busca num browser e rapidamente nos deslocamos para praias paradisiacas e destinos exóticos.
Lemos um livro e somos capazes de nos transportar para fantasias, épocas e histórias.
Sonhamos, acordados ou não, e movemo-nos para outras realidades, projectamos vontades à velocidade do pensamento, limitados apenas pela dimensão da consciência que temos do mundo.
Hoje em dia, e para nós que vivemos no lado certo do hemisfério, é mais barato e mais fácil chegar a Londres do que a Lisboa. Passar de Barcelona para Frankfurt, ir às compras a Paris, ver uma ópera de Verdi em Verona e ouvir jazz nas ruas de Praga. Basta apenas fins-de-semana, uns euros na conta bancária, e curiosidade qb para conhecer a beleza da velha Europa.
É oficial. Abri a época de viagens!!!!
Viajar abre os horizontes. Não há nada como experimentar as vivências de outras culturas, os cheiros, os gostos, os costumes, ouvir novos sons e escutar outras maneiras de pensar e ver o mundo. Aprende-se, bebe-se conhecimento, transformam-se perspectivas de vida e das nossas vivências quotidianas. Valoriza-se o que se tem.
Eu como qualquer outra pessoa fui de férias. Este ano optei por viajar. Não algo muito distante em termos fisícos, mas sim em termos culturais. Estive num país islâmico, bastante ocidentalizado, mas onde se sente o peso da religião, de outros hábitos, de outras formas de ver o outro.
Nesta minha deslocação pelas terras por onde trocam camelos (que cheiram mesmo muito mal) por meninas (lol), descobri a passagem dos portugueses nas marcas deixadas nos edificios que teimam em se manter orgulhosamente erguidos.
Senti-me o verdadeiro alvo dos olhares, da luxuria deles e do ar critico delas. Não!!! Não entrei em mesquitas de cabeça descoberta! Andar na rua, em pleno Ramadão, de calças de ganga, ombros descobertos e cabeça destapada é um verdadeiro atentado à moral! Foi engraçado perceber que um comportamento completa e absolutamente despido de conotação no nosso país, é carregado de significado num outro local.
Já tinha sentido, no que respeita à roupa que usava, desconforto. Em Moçambique nada tinha a ver com aspectos religiosos, mas sim com a pobreza que marcava os locais por onde passei. Note-se que tive o cuidado de pôr na mala as roupas mais simples e humildes, de forma a não chocar. mas o facto é que a minha roupa tinha um aspecto cuidado e novo.
Em Marrocos, a roupa chamava atenção pela ausência, isto é, eu não estava coberta de tecido dos pés à cabeça.
África tem outra luz, outros cehiros. A terra tem mais côr! É desorganizada, lenta, desqualificada, preguiçosa até, mas tem charme. É um verdadeiro desafio para o viajante europeu, habituado a regras, a instituições que funcionam, a preços fixos e segurança. É interessante perceber o cruzamento de tradições e conhecimentos seculares, herdeiros de uma cultura rica, com as heranças europeias. A modernidade da tecnologia em contraste com os trages, símbolos de estatuto antigos com as marcas ocidentais, tudo isto na mesma pessoa! A mistura do árabe com o francês, as mulheres que se tapam á saída do avião.
Estes contrastes são fabulosos, que continuam no colorido da cozinha tipica. É tudo mesmo muito interessante, até o primeiro contratempo acontecer.
Experimentem perder o avião, no Ramadão, e a velocidade com que a piada da desorganização desaparece é a mesma velocidade com que o avião se desloca na direcção do nosso Portugal.
Foi uma confusão! 4h no aeroporto para perceber onde estavam as malas, e 180€ de chamadas para voltar a ter voo.
Foi divertido! Agora que estou no conforto da minha casa a escrever. Na altura foi enervante, irritante e desconfortável.
Já estive em alguna países subdesenvolvidos, em vias de desenvolvimento e desenvolvidos. As diferenças são tremendas, os pontos em comum também. Queremos todos ser felizes.
Em todas as minhas viagens a certeza do regresso a casa é reconfortante.
Em cada viagem que faço valorizo mais o país que temos. Pela organização, pela certeza e confiança que tenho nos nossos profissionais, nas instituições que representam, pela segurança, pela facilidade de acesso a tudo, pelo desenvolvimento tecnológico e económico, pela comida, pela gente afável e até pelo mal dizer.
Portugal é de facto um país desenvolvido, que se transformou radicalmente em 30 anos. Deviamos ser orgulhosos pelas transformações que fomos capazes de operar, pelas mudanças de mentalidade e hábitos que fomos capazes de absorver. Note-se que a viagem que fiz antes de Marrocos foi a Roma, e senti que funcionamos melhor.
Adoro viajar, adoro conhecer outros paises, adoro voltar a casa e gosto cada vez mais de Portugal. Quem diz que o nosso cantinho à beira mar plantado é um país de terceiro mundo, nunca lá esteve!
Grandes viagens!
NSAS
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1 comentário:
Olá. Tudo bem?
Ao ler o seu post sobre viagens, achei que teria interesse em conhecer a campanha de Baggage Label da KLM.
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Meu nome é Annia e trabalho na comunicação digital da KLM.
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