É engraçado como tentamos ter razão. Discutimos, teimamos, tentamos que os nossos interlocutores vejam a nossa perspectiva sob vários prismas, chegamos mesmo a ter conflitos abertos. Tudo isto pelo simples motivo de 'ter razão'.
Eu não gosto de ter razão, mais não quero mesmo tê-la. Normalmente não acreditam em mim quando o digo, mas é de facto verdade.
Quando se tem razão aprendeu-se pouco, já se sabia o resultado final, ou a matéria sobre o qual a disputa se fazia.
Quando se tem razão, é provável que se tenha de chamar a atenção a alguém, o que eu de facto não gosto de fazer.
Quando se tem razão, perdeu-se muitas vezes tempo. Pois as outras partes envolvidas tiveram que fazer um determinado percurso para chegar à conclusão de que de tinhamos de facto razão. E isto implica espera.
Ter razão é muitas vezes um exercício do ego. É aconchegar a certeza dos racicínios e das seguranças.
Quando se tem razão é por o outro numa posição de submissão e de dependência, é dizer 'eu avisei-te' e agora vens ter comigo para ajuda. É o exercício do poder.
E ter razão às vezes significa distanciarmo-nos de alguém, e pode significar que nos magoamos.
Mesmo que eu tenha razão não gosto, não digo 'told you so'... Não vale a pena, não é nobre fazê-lo!
É triste como tenho tantas vezes razão...
É triste que o tenha de dizer a algumas pessoas...
Mas nunca o vou fazer com outras... se forem atentos já o devem ter percebido.
Told you so...
NSAS
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
A história.......
Fiz um desafio a alguém....
A ideia era escrever uma história partilhada, em cada um escrevia partes dela.
Não aconteceu, não funcionou! Mantendo a ideia de construir uma história com contributos para além do meu fica aqui o inicio.
Convido a que façam sugestões para a continuar. Serão muito benvindas.
História
Decidi escrever…
Escrever uma história, Nem ficcionada, nem real. Uma história como tantas outras baseadas em experiências e vivências de caminhos percorridos pela sequência dos anos e dos acontecimentos, na qual os personagens aparecem ao sabor da associação das ideias e do dedilhar no teclado do computador, tal pianista percorre as teclas brancas e pretas de um piano ao executar uma sinfonia.
Será de amor, de dor, de paixões, de traições, de relações, de partilhas, de trabalho ou de outras histórias ouvidas? Não sei! Saberão as últimas páginas do que agora inicio.
Seria fácil começar por contar tanto do que já ouvi, mas sinto que trairia em quem em mim confiou. Poderia mudar-lhes os nomes, os locais e outros detalhes, mas se o lessem é provável que se identificassem. Continuo, portanto, sem saber sobre o que será a minha história.
De certo envolve pessoas, coisas e lugares. Não há histórias em sujeitos. São o cerne de todas e de qualquer coisa. Sei apenas, que gosto verdadeiramente de pessoas, dos seus mistérios, das suas manias, dos seus hábitos, das razões pelas quais agem e tomam. Interessam-me o que dizem e mais ainda o que não dizem. Interessam-me quem são e quem gostariam de ser, ou de ter sido.
Fascinam-me as lutas, as vontades, os desejos e a resistência às dificuldades e como ultrapassam os medos. Apaixono-me por ambições e objectivos, por planos e expectativas. Gosto de observar como se movem, caminham, e como tudo isso nos dá pistas sobre quem são, de onde vêm e para onde gostariam de ir. Adoro sobretudo as crianças, não pela sua inocência, mas porque está quase tudo por escrever nas suas pequenas vidas.
Thanks
NSAD
A ideia era escrever uma história partilhada, em cada um escrevia partes dela.
Não aconteceu, não funcionou! Mantendo a ideia de construir uma história com contributos para além do meu fica aqui o inicio.
Convido a que façam sugestões para a continuar. Serão muito benvindas.
História
Decidi escrever…
Escrever uma história, Nem ficcionada, nem real. Uma história como tantas outras baseadas em experiências e vivências de caminhos percorridos pela sequência dos anos e dos acontecimentos, na qual os personagens aparecem ao sabor da associação das ideias e do dedilhar no teclado do computador, tal pianista percorre as teclas brancas e pretas de um piano ao executar uma sinfonia.
Será de amor, de dor, de paixões, de traições, de relações, de partilhas, de trabalho ou de outras histórias ouvidas? Não sei! Saberão as últimas páginas do que agora inicio.
Seria fácil começar por contar tanto do que já ouvi, mas sinto que trairia em quem em mim confiou. Poderia mudar-lhes os nomes, os locais e outros detalhes, mas se o lessem é provável que se identificassem. Continuo, portanto, sem saber sobre o que será a minha história.
De certo envolve pessoas, coisas e lugares. Não há histórias em sujeitos. São o cerne de todas e de qualquer coisa. Sei apenas, que gosto verdadeiramente de pessoas, dos seus mistérios, das suas manias, dos seus hábitos, das razões pelas quais agem e tomam. Interessam-me o que dizem e mais ainda o que não dizem. Interessam-me quem são e quem gostariam de ser, ou de ter sido.
Fascinam-me as lutas, as vontades, os desejos e a resistência às dificuldades e como ultrapassam os medos. Apaixono-me por ambições e objectivos, por planos e expectativas. Gosto de observar como se movem, caminham, e como tudo isso nos dá pistas sobre quem são, de onde vêm e para onde gostariam de ir. Adoro sobretudo as crianças, não pela sua inocência, mas porque está quase tudo por escrever nas suas pequenas vidas.
Thanks
NSAD
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
OOhhhhhhh semaninha
Estou plenamente consciente que a semana ainda não acabou, mas os dias de segunda a quinta foram de tal ordem recheados de peripécias que têm equivalência a semanas inteirinhas de vivências.
Não vou entrar em detalhes sobre os acontecimentos, mas antes sobre algumas das coisas constatei..
Ora aqui vai o que eu percebi:
1- Lealdade e verdade são valores em crise. Em crise porque são poucos os que de facto os praticam. Em crise pois precisam urgentemente de ser clarificados.
2 - Os interesses pessoais estão sempre à frente dos interesses do outro. Obviamente que isto tem também implicações com a lealdade e a verdade. Manter os interesses pessoais nem sempre é compatível com o dever e respeito ao outro e por isso contorna-se, molda-se a verdade a
uma versão mais confortável.
3 - Apesar de estarmos à frente de alguém não quer dizer que de facto nos veja. Os nossos interesses, as nossas verdades, a nossa realidade é de tal ordem presente que nos impede de perspectivar todas as outras dimensões. Vêmos o que nos interessa, ouvimos só o que queremos, pensamos, construímos e sentimos em função disso. Se os nossos sentidos são a nossa ligação ao mundo, traem-nos muitas vezes.
4 - A diplomacia social reina, em prejuízo da franqueza, assertividade e clareza. A maior parte de nós faz fretes. A elevada taxa de malidicência, a competitividade, a necessidade de ajustamento a ambientes carregadinhos de estratégias pessoais, promove a perda da identidade. Quem não joga o jogo do real frete é facilmente rotulado de 'estranho'
É claro que tudo isto não era novidade para mim, mas esta semana aconteceram com grande intensidade e em várias versões. Tudo isto disfarçado de gentileza, em algumas das situações, o que torna tudo ainda mais espectacular.
Foram tantos os formatos que começei a achar que estava a perder o juízo.
Tenho muita dificuldade em lidar com estas coisas. Acho mesmo que não sei como se faz. É uma dificiência no meu processo de socialização, que eu não quero superar. O problema é que me estou constantemente a magoar, chatear e desiludir.
Acredito, por que gosto, nas pessoas. Vivo de coração aberto e dou aos outros muito mais do que a mim própria. Sou o verdadeiro 'alien social'.
Raramente me vêem como sou.
NSAS
Não vou entrar em detalhes sobre os acontecimentos, mas antes sobre algumas das coisas constatei..
Ora aqui vai o que eu percebi:
1- Lealdade e verdade são valores em crise. Em crise porque são poucos os que de facto os praticam. Em crise pois precisam urgentemente de ser clarificados.
2 - Os interesses pessoais estão sempre à frente dos interesses do outro. Obviamente que isto tem também implicações com a lealdade e a verdade. Manter os interesses pessoais nem sempre é compatível com o dever e respeito ao outro e por isso contorna-se, molda-se a verdade a
uma versão mais confortável.
3 - Apesar de estarmos à frente de alguém não quer dizer que de facto nos veja. Os nossos interesses, as nossas verdades, a nossa realidade é de tal ordem presente que nos impede de perspectivar todas as outras dimensões. Vêmos o que nos interessa, ouvimos só o que queremos, pensamos, construímos e sentimos em função disso. Se os nossos sentidos são a nossa ligação ao mundo, traem-nos muitas vezes.
4 - A diplomacia social reina, em prejuízo da franqueza, assertividade e clareza. A maior parte de nós faz fretes. A elevada taxa de malidicência, a competitividade, a necessidade de ajustamento a ambientes carregadinhos de estratégias pessoais, promove a perda da identidade. Quem não joga o jogo do real frete é facilmente rotulado de 'estranho'
É claro que tudo isto não era novidade para mim, mas esta semana aconteceram com grande intensidade e em várias versões. Tudo isto disfarçado de gentileza, em algumas das situações, o que torna tudo ainda mais espectacular.
Foram tantos os formatos que começei a achar que estava a perder o juízo.
Tenho muita dificuldade em lidar com estas coisas. Acho mesmo que não sei como se faz. É uma dificiência no meu processo de socialização, que eu não quero superar. O problema é que me estou constantemente a magoar, chatear e desiludir.
Acredito, por que gosto, nas pessoas. Vivo de coração aberto e dou aos outros muito mais do que a mim própria. Sou o verdadeiro 'alien social'.
Raramente me vêem como sou.
NSAS
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