Este post pode estar relacionado com o anterior, se bem que acho que numa perspectiva algo diferente. Mais uma vez o texto foi escrito por mim há já algum tempo. E já foi lido por alguém que possivelmente o vai encontrar aqui novamente. Sabe até do que faz parte. A razão que me leva a deixá-lo no blog é que hoje faz sentido para mim, como fez quando o escrevi. Hoje tive mais uma confirmação disso. E hoje volto a lê-lo para mim. E para quem mais o quiser ler.
Presságio Sabem quando o nosso estômago nos tenta dizer qualquer coisa e nós conscientemente ignoramos esse aviso? Quando parece que todo o cosmos nos envia sinais de toda a espécie e feitio? Quando parece que é fácil prever o nosso futuro? Sim, às vezes parece mesmo que o consigo ver. Acho que nunca me sinto tão perto de “Deus” como nessas alturas. Porque dá a sensação que “Ele” decidiu confidenciar-me qualquer coisa sobre o “Seu” grande plano para mim. Óbvio que estou a ser completamente irónico quando digo “Deus”. Mas acho que dá para perceber a ideia. A minha “fé” existe apenas verdadeiramente nesses momentos. A piada da coisa é que normalmente não são avisos ou visões de algo positivo. São sinais de algo menos bom. No fundo, vejo esta situação como um jogo. Um jogo arriscado, em que existe sempre muito a perder. E entro no jogo não porque me dá especial prazer correr esse risco, mas sim porque é difícil parar. Talvez a expressão correcta seja “é um teste de fé”. Viciante tantas vezes. Mas incrivelmente sedutor, o que o torna perigosamente irresistível. Posso ter uma perspectiva mais térrea e dizer que é meramente uma relação causa-efeito. Ou então, acção-reacção. Porque normalmente a vida não leva um estalo numa das faces e dá a outra de seguida. Não, não é como J.C. Então, se dás um grande chapadão na vida, tens que esperar que, mais cedo ou mais tarde, a vida te devolva esse “mimo”.
Este presságio assemelha-se a uma série de chapadas que dás na cara de alguém. Ela não reage. E continuas. Mas sentes que a qualquer momento ela vai reagir. E vai-te devolver todos esses “carinhos”, com juros incluídos. Vai-te deixar KO e sem reacção. Sem ar. E provavelmente sem forças para voltares a respirar.
Os sinais estão à nossa volta. Sempre. Mas há alturas em que parece que os vemos mais nítidos que nunca. Saltam para a tua frente. E tu continuas, ignoras. Vês o teu futuro, vês-te a caminhar para lá. E mesmo que não queiras, mesmo que tentes sair do trilho que aparentemente foi traçado para ti, continuas. Porque não acreditas em “Deus”. E apesar do teu estômago te dizer o contrário, queres continuar a acreditar que és invisível, invulnerável, imparável, invencível.
Ignoras o presságio. O teu futuro é teu.
1 comentário:
O problema dos sinais está na interpretação dos mesmos. Não penso que os sinais sejam só de coisas menos boas, acho que prestamos mais atenção a esse ipo de sinais, talvez porque sejamos atraídos pelo gosto do risco. O que também torna as coisas mais apimentadas, até porque 'quem não arrisca não petisca'. Além disso pensao que os sinais vêm em diversas formas e feitios, o problema é identifica-los e perceber qual a orientação que nos estão a dar. Seja como for há sempre algo a aprender, e foi um caminho que foi necessário percorrer.
Continua a estar atento aos sinais, procura os poitivos, que são mais dificeis de perceber porque estamos mais treinados para identificar os outros.
Escreves mesmo muito bem
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