Não poucas vezes me encontro a reflectir sobre esta questão. Razão vs Emoção. Racionalidade vs Impulso. Controlo vs Descontrolo. Certamente todos nós já pensamos nisto. Até mesmo a decisão de deixar este texto teve esse confronto. Considero-me uma pessoa racional (mal era que assim não fosse!!). Procuro agir de uma forma em que consigo medir o impacto das minhas acções. Calcular a margem de erro, diria assim. Isto acontece a maior parte das vezes. Pode parecer calculista mas acho que todos nós o fazemos, ainda que muitas vezes seja de forma inconsciente (aí está uma contradição!). Procuro saber o que posso causar quando tomo determinada atitude. Por exemplo, poderei ser inconsciente se conduzir a 180. Mas procuro medir o alcance disso. Não o faço sempre (lol!), só quando sei que se verificam determinadas condições, que agora não interessa estar a destacar. Digamos que há uma margem de segurança na minha decisão. Deste exemplo pode ser feito um paralelo para as mais variadas situações. Acho que devemos procurar ser sempre racionais, dentro dos possíveis. Afinal isso distingue-nos de tudo o resto. Mas será que a razão está sempre do lado oposto da emoção? Muitas vezes sou "acusado" de ser demasiado impulsivo. Não acho que o seja. Se assim fosse seria uma pessoa bem diferente. Mas confesso que às vezes o sou. Como todos nós, mais uma vez. Mas até onde podemos ser criticados por nos deixarmos levar pelo impulso? Já me arrependi por muitas coisas que fiz, muitas dela por agir sob influência das emoções. Mas também já me arrependi por ter sido demasiado calculista, por não ter arriscado, por ter calculado e recalculado a margem de erro. Podem ter sido menos vezes mas garanto-vos que o arrependimento aí foi maior. Não podemos ser sempre racionais. Senão isto não tinha piada nenhuma! Viviamos todos debaixo de uma imensidade de certezas absolutas, sem factor surpresa, sem sal... A razão não tem que estar contra a emoção. Ambas são necessárias, ambas fazem parte e regem as nossas acções. Saber quando devemos agir de forma mais controlada ou emotiva, essa é a grande questão, a grande dificuldade. Se abusarmos do impulso não só poderemos estar a abusar da "sorte" como poderemos facilmente perder a estabilidade emocional...
As melhores coisas da minha vida foram conquistadas pelo impulso, fruto da emoção. Recuso-me a mudar isso, mesmo que tenha custos (e tem...). Porque não há melhor sensação do que aquela que advém de fechar os olhos e sentir o vento na cara, sem saber a 100% o que se está a passar à nossa volta.
Não podemos estar todos de olhos abertos, durante todo o tempo...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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3 comentários:
Eu aposto nas emoções
E porque não um bom equilibrio entre as duas???
confesso que tenho alguma dificuldade em encontrar um equylíbrio entre os dois...
a razão acaba por vencer a maior parte das vezes --'
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