Estamos sempre muito preocupados com o que temos.
Queremos um conjunto de coisas que pensamos nos farão felizes, e chegamos a fazer o mesmo com pessoas. Queremos que as pessoas sejam nossas: os nossos filhos, a nossa mãe, o nosso pai, o nosso marido, o meu namorado, os meus amigos e até atribuímos a posse a quem não gostamos. Aqui encaixam-se os meus inimigos.
Associamos tudo à posse, à sensação de deter, possuir, ser dono de algo ou de alguém. Há aqueles que até gostariam de controlar e deter os pensamentos e os sonhos dos outros. É essa mesma a palavrinha de que se estão a lembrar: liberdade. A minha liberdade, mas até essa nos pode ser retirada.
Podemos perder tudo: as pessoas, as coisas e até a liberdade. Há poucas coisas que são de facto nossas.
São nossos os sonhos, as experiências, aquilo que sabemos e aprendemos, o que pensamos, os momentos que vivemos com aqueles de quem gostamos. Ficamos sempre com as memórias, com as sensações e as percepções de cada expressão. Tudo isto ninguém nos tira e faz de nós seres verdadeiramente ricos.
São nossas as promessas, os desejos, os pedidos, as palavras ditas em susurro ao ouvido, a sensação do toque e da pele, as vontades e toda a linguagem dos corpos. Fica tudo aquilo que não precisa de ser dito.
Prefiro ter tudo isto. Não quero ter as sensações da manhã seguinte e as incertezas sobre o que de facto tenho.
Greatings
NSAS
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1 comentário:
... e também estamos sempre preocupados com o que não temos...
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